Tancredo Neves iniciou sua vida política em Belo Horizonte, período em que era estudante da faculdade de Direito. Em 1929, passou a integrar a Aliança Liberal, coligação pró-Getúlio Vargas, em oposição à candidatura de Júlio Prestes à presidência da República. Filiado ao Partido Progressista (PP), Tancredo Neves foi eleito vereador em São João Del-Rei (1935-1938), sua cidade natal. Deixou o PP para se filiar ao Partido Social Democrático (PSD), pelo qual é eleito deputado estadual (1947-1950) por Minas Gerais e, posteriormente, deputado federal (1950-1954). Durante essa última legislatura, Tancredo Neves foi escolhido presidente da Câmara (1951/1953). Em 1953, assume como ministro da Justiça (1953-1954), cargo que ocupa até morte de Getúlio Vargas.
Reassumiu o mandato de deputado federal de agosto de 1954 em diante, mas não conseguiu se candidatar ao pleito que se realizou no mesmo ano, por não ter se desincompatibilizado do cargo a tempo.
Entre 1955 e 1956, Tancredo exerce a função de diretor do Banco de Crédito Real de MG, para depois assumir a direção da Carteira de Redescontos do Banco do Brasil. Continuando na máquina pública, assume em 1958 a Secretaria de Finanças de MG. Em 1960, Tancredo volta a concorrer a um cargo eletivo, desta vez, como governador de MG, mas é derrotado por Magalhães Pinto, da União Democrática Nacional (UDN). Com a renúncia do presidente da República, Jânio Quadros, em agosto de 1961, Tancredo Neves é nomeado primeiro-ministro por João Goulart (1961-1962), sendo substituído primeiro por Francisco de Paula Brochado da Rocha e, depois, por Hermes Lima, para concorrer ao cargo de deputado federal por Minas Gerais (1962-1966) pelo PSD, mas conclui esse mandato pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Tancredo Neves foi eleito deputado federal em mais três disputas pelo MDB (1966-1970), (1970-1974) e (1974-1978). Em 1977, foi eleito líder da bancada emedebista na Câmara e, em 1978 foi eleito senador (1978-1982) pelo MDB, terminando o mandato pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), por conta da reforma partidária de 1979. Nesse meio tempo, Tancredo ajudou a fundar o PP (Partido Popular), do qual foi presidente. Contudo, com o novo pacote eleitoral que proibia tanto as coligações partidárias quanto obrigava o eleitor a votar em um mesmo partido para todos os cargos, Tancredo volta para o PMDB.
Na eleição de 1982, Tancredo é eleito governador de Minas Gerais (1982-1985) pelo PMDB e passa também a ser um dos participantes mais ativos das Diretas Já!, entre 1983 e 1984, quando a Emenda Dante de Oliveira, que objetivava reinstaurar eleições diretas para todos os níveis, foi rejeitada no Congresso. Diante desse contexto, o PMDB escolhe Tancredo Neves para disputar as eleições para presidente da República no Colégio Eleitoral, com José Sarney como vice. Tancredo é eleito indiretamente presidente da República em 1985, mas morre antes de sua posse.
Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/busca/Busca/BuscaConsultar.aspx / Acesso: mai.2021
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Federal de Minas Gerais (MG) | 1928 | 1932 |