Renan Calheiros nasceu em 16 de setembro de 1955, em Murici, Alagoas. Cursou Direito na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Alagoas e ali começou sua atividade política, no movimento estudantil universitário, presidindo o diretório acadêmico de ciências humanas e sociais. Em 1978, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e foi eleito deputado estadual de Alagoas. Em 1983, com o bipartidarismo já extinto, tornou-se deputado federal pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que sucedeu o MDB. Em 1986, apoiado pelo usineiro João Lira (que também deu sustentação à campanha de Fernando Collor à presidência da República), foi eleito deputado federal constituinte. Defendeu o parlamentarismo; a regulamentação do direito de greve; e, em relação à reforma agrária, a limitação do direito de propriedade e a desapropriação de terras improdutivas. Foi um dos fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Em 1990, tornou-se assessor de Fernando Collor, depois de ter feito críticas contundentes a este. Filiou-se ao Partido da Reconstrução Nacional (PRN), o mesmo do presidente, e tentou, sem sucesso, eleger-se governador do estado de Alagoas, no ano de 1990. Retornou ao PMDB em 1991. Em 1995, foi eleito senador e, em 1998, foi indicado para ministro da Justiça, cargo mantido até o ano seguinte.
Eleito em 2005, e reeleito em 2007, Renan Calheiros se tornou presidente do Senado Federal. Renunciou ao cargo após vir à tona um grande esquema de corrupção em que aparecia como figura central: o escândalo do "Renangate" (referência ao esquema de corrupção, dos anos 1970, em que estava envolvido um dos presidentes dos EUA, Richard Nixon: o Caso Watergate). Renan foi acusado de repassar dinheiro público, mensalmente, a uma ex-amante, com a qual possuía um filho. Renan Calheiros foi absolvido de todas as acusações e, apesar de ter renunciado à presidência do Senado, não perdeu seu mandato como senador. Ocupou o cargo, novamente, entre 2013 e 2014. Durante sua trajetória, foi alvo de numerosas acusações de corrupção e, durante o período como ministro da Justiça, abriu ações contra grupos de luta por moradia, como o Movimento dos Sem Terra (MST), e mesmo contra latifundiários, que entraram em conflitos por ocupações de terra. Deu voto favorável ao impeachment de Dilma Rouseff, mas propôs que a presidente não inabilitada de exercer funções políticas. Nas eleições de 2018, Calheiros foi novamente eleito para o cargo de senador de Alagoas, com 23,88% dos votos.
Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jose-renan-vasconcelos-calheiros / Acesso: mai. 2021
http://www.renancalheiros.com.br/perfil-biografico / Acesso: mai. 2021
https://www.25.senado.leg.br/senadores/senador/-/perfil/70 / Acesso: mai. 2021
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
|
Presidente (a) do Senado Federal | 2013 | 2017 | ||
|
Presidente (a) do Senado Federal | 2005 | 2007 | ||
|
Ministro (a) | 1998 | 1999 | ||
|
Deputado (a) Federal | 1983 | 1991 | AL | |
|
Fundador (a) do partido | 1988 | 1989 | ||
|
Deputado (a) Estadual | 1979 | 1983 | AL | |
|
Membro do partido | 1977 | 1979 | ||
|
Senador (a) | 1995 | AL | ||
|
Membro do partido | 1991 |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Federal de Alagoas (AL) | 1977 | 1982 |