João Baptista de Oliveira Figueiredo

João Batista de Oliveira Figueiredo nasceu no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em 15 de janeiro de 1918, filho de Euclides de Oliveira Figueiredo e de Valentina Silva Oliveira Figueiredo. Seu pai foi um comandante destacado da Revolução Constitucionalista, de 1932, por comandar as tropas do Vale do Rio Paraíba, sendo eleito deputado pela União Democrática Nacional (UDN) para compor a Assembléia Constituinte no fim do Estado Novo. Figueiredo fez os primeiros estudos no colégio Santa Tereza. Em 1935, ingressou na Escola Militar de Realengo. Nesse mesmo ano, apresentou-se às autoridades militares para combater o levante conhecido como Intentona Comunista.  Em 22 de novembro de 1937, 12 dias depois do golpe que implantou o Estado Novo, foi declarado aspirante da arma de cavalaria.

Em 1944, tornou-se instrutor de cavalaria na Escola Militar de Realengo, sendo promovido a capitão em dezembro. Na queda do Estado Novo, ingressou no curso da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), tornando-se instrutor da Escola Militar de Resende. Retornou à EsAO, de 1949 a 1952, como instrutor de cavalaria. Em 1953, tornou-se major e ingressou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME). Foi promovido a instrutor da Escola no ano seguinte. Em 1958, foi promovido a tenente-coronel e passou a servir na 5ª Seção (relações públicas) do Estado-Maior do Exército (EME), de onde saiu em 1960 para cursar a Escola Superior de Guerra (ESG).

Em 1961, durante o governo de Jânio Quadros, trabalhou para o General Golbery no Conselho de Segurança Nacional. No governo de Castelo Branco, depois do golpe militar de 1964, assumiu a chefia da agência do Serviço Nacional de Informação no Rio de Janeiro, estando subordinado ao General Golbery. Quando Médici assumiu o posto máximo do Exército, Figueiredo assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército.

Em 1969, o presidente General Costa e Silva sofreu um grave distúrbio circulatório, ficando impedido de governar e sendo substituído por Médici que, por sua vez, promoveu Figueiredo a chefe no gabinete militar. No governo de Geisel, assumiu, novamente, a chefia do SNI. Nesse período, o governo anunciou uma lenta e gradual abertura democrática. Já no final do governo do presidente Geisel, Figueiredo se torna forte candidato à sucessão, graças à experiência no SNI e à sua carreira militar, além do forte contato com o ex-presidente Médici e com o então atual, Geisel.

Em 1979, com o AI-5 já revogado, Figueiredo assumiu a presidência, derrotando Euler Bentes, do MDB. Desde o início do seu governo deixou claro o objetivo de continuar uma lenta e segura abertura para o regime democrático. Com a extinção do AI-2, decretada por Figueiredo, e a dissolução de grande parte da ARENA em Partido Democrático Social (PDS), Figueiredo se filiou ao PDS.

Em 1985, com o fim do regime militar, Figueiredo deixou a presidência. Em 1989, tentou construir campanha em prol de aliança dos partidos de centro para construir uma candidatura à presidência. Desfiliou-se do PDS nesse mesmo ano, chegando a ser convidado a ingressar no (Partido Social Democrático) PSD, mas recusou o convite. Figueiredo faleceu no Rio de Janeiro, em 24 de dezembro de 1999, com insuficiência renal e cardíaca.

Fonte: https://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/joao-batista-de-oliveira-figueiredo / Acesso: mai. 2021
João Baptista de Oliveira Figueiredo

Nomes Políticos
Figueiredo

Nascimento
Rio de Janeiro, RJ, 15 de março de 1918

Falecimento
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 24 de dezembro de 1999


Participações

Organização Função Início Término Cidade Estado
Aliança Renovadora Nacional (ARENA)
Presidente (a) 1979 1985
Casa Militar da Presidência da República
Ministro (a) 1969 1974

Formações

Instituição de Ensino Campo de Estudo Início Término
Escola Militar de Realengo