Tasso Ribeiro Jereissati nasceu em Fortaleza, no dia 15 de dezembro de 1948. Seu pai, o político Carlos Jereissati, foi deputado federal (1955-1963) e senador (1963) pelo Ceará. Apesar de ter participado do movimento estudantil, a vocação inicial de Tasso foram os negócios. Junto ao seu irmão, assumiu jovem a administração das empresas da família, pois o pai morreu quando ele tinha 14 anos. Adulto, graduou-se em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
A aproximação com a política ocorreu em 1976, quando ingressou no Centro Industrial do Ceará (CIC), junto a um grupo de jovens empresários cearenses, que pretendiam desenvolver um trabalho político, não partidário, em defesa da redemocratização do país e do reerguimento da economia nordestina. Entre 1981 e 1983, Tasso foi presidente da entidade, que funcionava como importante fórum de debates sobre os problemas do Brasil e do Ceará. As discussões no CIC marcaram a rebelião dos jovens empresários contra os coronéis, apoiados pela ditadura militar. O CIC participou da campanha pelas Diretas Já e na instalação do primeiro comitê eleitoral do país em apoio à candidatura de Tancredo Neves.
Em 1986, surgiu a oportunidade de Tasso para acabar com o domínio dos coronéis na política cearense. Com o lema "governo das mudanças", ele lançou sua candidatura ao governo do Ceará. Foi eleito pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com o apoio do então governador, Gonzaga Mota, e de Mauro Benevides, presidente do PMDB do estado. Ocupou o cargo outras duas vezes (1995 – 1998 e 1999 – 2002). Seus dois últimos mandatos ocorreram quando já era filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Entrou para a sigla em 1990. Adotou medidas de austeridade e de baixa intervenção estatal na economia, contrárias à tradição política local. O governo foi reconhecido pela UNICEF como modelo de combate à mortalidade infantil, e o Ceará, no mesmo período, foi considerado o estado brasileiro que mais cresceu no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O turismo sexual, entretanto, também cresceu nesses anos.
É um dos principais líderes do PSDB, tendo sido presidente do partido (de 1991 a 1993 e de 2005 a 2007) e cotado à presidência da República. Em 2002, foi eleito senador pelo estado do Ceará e ocupou o cargo até 2011, antes de retornar a ele após a vitória nas eleições de 2014, ano em que coordenou à campanha de Aécio Neves para presidente do país. Defendeu o impeachment de Dilma Rousseff, bem como distanciamento do PSDB do governo Temer, depois de escândalos de corrupção serem divulgados na imprensa. Perdeu somente uma eleição que concorreu: a candidatura ao Senado, em 2010, ano em que Lula contava com alta aprovação popular e defendia outros postulantes para o Senado, no Ceará. Em 2018, Tasso realizou um "mea culpa" pelo PSDB: considerou um erro Aécio Neves ter contestado o resultado da eleição presidencial de 2018, bem como o fato de o PSDB ter entrado no governo de Temer. De acordo com Tasso, o questionamento do resultado eleitoral não faz parte nem da história nem do perfil do PSDB que, de acordo com ele, respeita as instituições e a democracia.
Tasso fora cotado para compor a chapa de Simone Tebet à Presidência como vice, em 2022, mas acabou optando por não concorrer.
Fonte: https://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/tasso-ribeiro-jereissati / Acesso: mai.2021
https://brpolitico.com.br/noticias/o-mea-culpa-de-tasso/ / Acesso: mai.2021
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Governador (a) | 1995 | 2002 | CE | |
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Governador (a) | 1987 | 1991 | CE | |
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Senador (a) | 2015 | CE | ||
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Membro do partido | 1989 |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Fundação Getúlio Vargas |