Rui Barbosa nasceu em 05 de novembro de 1849, em Salvador, Bahia. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife, em 1866.Em 1868, transferiu-se para a Faculdade de Direito de São Paulo, onde ingressou em grupos secretos liberais da maçonaria e se formou em 1870. Lá, militou politicamente na ala liberal, de oposição à monarquia e defensora de eleições diretas. Chegou a fundar o jornal O Radical Paulistano para veicular essas ideias. Após sua formatura, retornou à Bahia e se filiou ao Partido Liberal. Nessa época, exerceu a profissão de advogado e trabalhou no Diário da Bahia, jornal do Partido Liberal, onde, em 1872, foi nomeado redator-chefe.
Em 1878, foi eleito deputado provincial pela Bahia, função que ocupou por pouco tempo, devido à dissolução da Câmara no mesmo ano. Ainda em 1878, outra eleição foi feita para a reconstituição da Câmara, sendo Rui Barbosa eleito deputado geral do Império. Foi reeleito em 1882 e 1885, mas derrotado nas eleições de 1886 e novamente em 1888, com a ascensão de políticos conservadores, o que impossibilitou sua volta ao parlamento até o fim da monarquia.
Como parlamentar recebeu o título de conselheiro do Império, antes de completar 35 anos, uma das posições mais honrosas da monarquia. Foi fundamental na luta pela abolição da escravidão. A partir de 1885, com seu afastamento de cargos legislativos, dedicou-se à advocacia e, sobretudo, ao jornalismo, assumindo a direção do jornal O Diário de Notícias. Com a instalação da República, foi nomeado ministro da Fazenda do governo provisório de Deodoro da Fonseca, em 1899. Durante o período que esteve à frente da pasta, empreendeu esforços pela industrialização brasileira e foi um dos principais responsáveis pela aprovação do projeto de separação da Igreja do Estado. Em 1890, foi eleito senador pela Bahia, para participar da Assembleia Nacional Constituinte. Com a promulgação da Carta, afastou-se do ministério e passou a ocupar o cargo de senador.
Com a chegada de Floriano Peixoto ao poder, fez forte oposição às medidas autoritárias do governo, defendendo prisioneiros políticos e divulgando artigos em defesa da Constituição. Em 1893, à véspera da eclosão da Revolta Armada contra Floriano Peixoto, Rui Barbosa, como forma de prevenção, foi para o asilo em países da América Latina, seguindo, na sequência, para a Europa, onde passou por alguns países até se instalar em Londres, em meados de 1894, permanecendo lá por mais um ano e enviando alguns ensaios a jornais brasileiros. Retornou ao Brasil em 1895, meses após a posse de Prudente de Morais, no final de 1894, marcando o fim de um período de instabilidade política no país.
Retomou seu cargo de senador em agosto de 1895, um dia após o fim da Revolta Federalista no Rio Grande do Sul. Voltou também a exercer a função de jornalista, passando a ser redator-chefe do jornal Imprensa. Participou da fundação da Academia Brasileira de Letras.
No final de 1896, reelegeu-se ao Senado, onde permaneceu por sucessivas reeleições até sua morte. Nesse período, ficou marcada sua nomeação para representar o Brasil na Segunda Conferência da Paz, realizada em Haia, em 1907, primeira participação importante do país na política internacional. Lá, Rui Barbosa teve protagonismo na reivindicação pela paridade de votos entre países.
Em 1909, concorreu à presidência do Brasil, realizando a Campanha Civilista, considerada a primeira campanha presidencial brasileira que contou com a participação de amplos setores da sociedade. Foi derrotado por Hermes da Fonseca. Continuou a exercer a política como senador até que, em 1923, já recolhido em sua casa de Petrópolis, e com a saúde debilitada, veio a falecer.
Fonte: http://www.academia.org.br/academicos/rui-barbosa/biografia / Acesso: mai.2021
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Senador (a) | 1890 | 1923 | BA | |
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Deputado (a) Estadual | 1878 | 1878 | BA |