Roberto Requião de Mello e Silva

Nascido na cidade de Curitiba, em 05 de março, de 1941, Roberto Requião se formou bacharel em Direito pela Universidade Federal do Paraná e em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Também cursou Urbanismo pela Fundação Getúlio Vargas. Em 1970, influenciado pelas ideias urbanísticas de Manuel Castells e Henri Lefebvre, militou, exercendo a advocacia, em movimentos sociais de sua cidade natal.

Sempre pelo Partido Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), iniciou sua carreira política nas eleições para deputado estadual do Paraná (1983 – 1985). Atuou como um dos dirigentes das manifestações pelas Diretas Já, em 1983. Na eleição seguinte, disputou a prefeitura de Curitiba e venceu (1986-1989). Em 1989, após seu mandato como prefeito, aceitou o convite do então governador do Paraná, Álvaro Dias, para o cargo de secretário do Desenvolvimento Urbano do Estado do Paraná (1989-90). Deixou a função para disputar a sucessão do governo estadual. Eleito governador do Paraná (1991-1994), adotou políticas de bem estar na periferia, confrontou empresários ligados ao setor de transporte público e descumpriu ordens judiciais de desalojamento de famílias sem teto. Sua postura incisiva lhe rendeu uma série de processos judiciais. Deixou o cargo em seu último ano de mandato para pleitear uma vaga no Senado, onde ganhou atenção pública ao ser relator da Comissão que ficou conhecida como CPI dos precatórios, em 1996.

Foi eleito governador do Paraná, novamente, em 2002, cargo que exerceu por duas vezes seguidas (2003-2007) e (2007-2010). Nos mandatos, seguiu suas diretrizes esquerdistas na gestão pública, combatendo medidas de privatização e de monopólio financeiro, adotadas no governo de seu antecessor. Aproximou-se de movimentos sociais, chegando a proibir a exportação e comercialização de soja transgênica nos portos paraenses. Essa última medida recebeu forte oposição de setores da sociedade ligados ao agronegócio e acabou sendo derrubada por liminar do Supremo Tribunal Federal. Também entrou em conflito com empresas concessionárias de estradas estaduais, decretando a diminuição dos pedágios em rodovias e entrando em embates jurídicos com as principais concessionárias que dominavam as rodovias do estado, o que levou a construção das "Estradas da Liberdade”, visando a criação de rotas alternativas às estradas com pedágio. Além dos conflitos com o empresariado, foi vítima de diversos processos movidos contra ele, muitos envolvendo acusação de nepotismo.

Em 2010, deixou seu mandato para disputar, novamente, uma vaga no Senado. Foi eleito pela bancada peemedebista, tendo apoiado, assim como seu partido, a candidata petista Dilma Rousseff à presidência. Exerceu o cargo de senador da República até 2010. Concorrido a nova eleição em 2019, mas ficou em terceiro lugar na disputa. Em 2021, Requião se desfiliou do MDB para filiar-se ao Partido dos Trabalhadores, partido pelo qual concorreu ao governo do estado do Paraná. Terminou a disputa em segundo lugar, com 26% dos votos.

Fonte: https://www25.senado.leg.br/web/senadores/senador/-/perfil/72 / Acesso: mai. 2021

https://www.uol.com.br/eleicoes/2022/07/11/palanques-estaduais-lula-bolsonaro.htm Acesso: jul.2022

https://g1.globo.com/pr/parana/eleicoes/2022/apuracao/governador.ghtml Acesso: ago.23