Plínio de Arruda Sampaio nasceu em 26 de julho de 1930, na cidade de São Paulo. Iniciou sua longa trajetória na política ainda no movimento estudantil universitário, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Foi presidente da Juventude Universitária Católica (JUC) e participou da "Ação Popular", organização formada por grupos de militantes católicos que compartilhavam visão de esquerda. Sua participação na política institucional começou em 1954, quando se filiou ao extinto Partido Democrata Cristão (PDC). Em 1959, foi indicado pelo governador de São Paulo, Carvalho Pinto, para subchefe da Casa Civil e coordenador do plano de ação de seu governo, ocupando o cargo até 1962, ano no qual foi eleito deputado federal pelo PDC e se tornou a principal liderança de esquerda no partido, chegando a participar da formulação do projeto de Reforma Agrária proposto por João Goulart quando este era presidente da República.
Após o golpe militar em 1964, Plínio teve seu mandato cassado pelo Ato Institucional nº1 (AI-1) e foi obrigado a exilar-se no Chile, onde morou até 1970, antes de mudar-se para os Estados Unidos. Em 1976, com o início do processo de abertura política, retornou ao Brasil e se filiou ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). No mesmo ano, além de defender o fim do regime e a libertação dos presos políticos, tentou formar um novo partido junto aos membros de esquerda do MDB, mas não teve êxito. Deixou o partido em 1978, após divergências políticas.
Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, e foi eleito deputado federal de São Paulo, em 1982. Plínio também teve um papel de liderança, ao lado de diversas outras personalidades políticas, artistas, intelectuais etc., durante as manifestações por eleições “Diretas Já” para a presidência da República, em 1984. Em 1986, foi eleito deputado federal constituinte e participou da formulação da Constituição Federal, em 1988. Em 1990, candidatou-se ao governo do estado de São Paulo, sem sucesso. Em 1992, apoiou as manifestações pedindo o impeachment do então presidente Fernando Collor.
Após o escândalo do mensalão, em 2005, Plínio de Arruda se desligou do PT, filiando-se ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Candidatou-se ao governo do estado de São Paulo já pelo PSOL, em 2006. No novo partido, passou a ser bastante crítico do PT, pois, em sua visão, a legenda não representava mais os ideais da esquerda. Nas eleições de 2010, candidatou-se à presidência da República, obtendo o quarto lugar nas votações.
Durante o período de atuação política, Plínio de Arruda se apresentou como sendo de orientação socialista e foi um dos poucos a defender abertamente, desde a época da redemocratização do país, um programa de fim do latifúndio e de aplicação institucional de reforma agrária. Esteve presente em grande parte das atividades de movimentos sociais e sindicatos na história do Brasil. Um dos seus últimos atos foi a participação e o apoio nas manifestações de 2013, que exigiam a diminuição da tarifa sobre o transporte público. Por decorrência de um câncer, faleceu em 2014, em São Paulo.
Fonte: http://www.diariocentrodomundo.com.br/80084 / Acesso: mai. 2021
Fonte: http://www.g1.globo.com/politica/noticia/2014/07/ex-deputado-plinio-de-arruda-sampaio-morre-aos-83-anos-em-sp.html / Acesso: mai. 2021
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Deputado (a) Federal | 1985 | 1991 | SP | |
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Deputado (a) Federal | 1963 | 1964 | SP |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade de São Paulo (SP) | 1949 | 1954 |