Pedro Aleixo

Pedro Aleixo nasceu em 1º de agosto de 1901, em Mariana, Minas Gerais. Advogado, formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), iniciou sua carreira política em 1927, quando foi eleito conselheiro municipal (nome antigo para vereador), em Belo Horizonte. No mesmo ano, participou da fundação do jornal O Estado de Minas. Em 1930, apoiou a insurreição armada que levou Getúlio Vargas ao poder, tornando-se um dos organizadores dos movimentos getulistas em Minas Gerais. Em 1933, foi eleito deputado federal pelo antigo Partido Progressista (PP), que dava sustentação ao regime de Vargas. 

Foi um dos deputados favoráveis à suspensão dos mandatos e à prisão dos parlamentares acusados de envolvimento com a tentativa frustrada de revolução feita durante a Intentona Comunista, que ocorreu em novembro de 1935.  Foi eleito, em 1937, presidente da Câmara dos Deputados, cargo ocupado até o final do mesmo ano, quando o golpe do Estado Novo de Vargas fechou o Congresso e todas as casas legislativas do Brasil.  Após a dissolução de seu mandato, Pedro Aleixo organizou breves movimentos, sem sucesso, de oposição à ditadura do Estado Novo. O Manifesto dos Mineiros, que pedia a volta do governo democrático, foi um deles. 

Em 1945, Aleixo foi um dos fundadores da União Democrática Nacional (UDN), sendo eleito deputado estadual de Minas Gerais por esse partido, em 1947. No mesmo ano,  foi nomeado secretário Estadual de Interior e Justiça, cargo que exerceu até 1950. Foi eleito deputado federal novamente, em 1958, fazendo oposição ao governo de Juscelino Kubitschek e, posteriormente, ao governo de João Goulart. Pedro Aleixo foi também um dos articuladores e apoiadores civis do golpe de 1964, recebendo posição privilegiada na Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Em 1966, foi nomeado ministro da Educação do governo militar e, posteriormente, no mesmo ano, foi nomeado também vice-presidente da República, no governo de Costa e Silva. 

Assumiu brevemente a presidência da República, por quatro dias, durante viagem diplomática de Costa e Silva ao Uruguai, em 1967. Em 1968, posicionou-se de maneira crítica à edição do Ato Institucional Número 5 (AI-5). Na visão de Pedro Aleixo, tal ato significaria a “institucionalização de uma ditadura”. Por outro lado, foi favorável à proposta de um estado de sítio permanente no país. 

Em 1969, Costa e Silva se afastou da presidência em decorrência de problemas de saúde. Antes que Aleixo pudesse tomar posse do cargo, foi impedido e teve seu mandato cassado por uma junta militar, que exerceu o poder até a posterior nomeação de Emílio Médici, no final daquele ano. Pedro Aleixo tentou organizar, em 1970, o Partido Democrático Republicano (PDR), de oposição à ditadura, mas não chegou a obter autorização. Em sua trajetória política, defendeu medidas que misturavam conservadorismo social a liberalismo econômico, semelhantes àquelas que já haviam sido defendidas pela UDN, partido que fundara.

Pedro Aleixo também é lembrado por sua participação em golpes, ditaduras, manobras políticas etc., sendo caracterizado, no jornal Folha de S. Paulo, como um indivíduo com “(...) o talento de sair honrosamente pela porta dos fundos de governos autoritários”.  Pedro Aleixo morreu em 1975, por causas naturais, em Belo Horizonte.    

Fonte: http://www.cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias/pedro_aleixo / Acesso: mai. 2021
Fonte: http://www2.camara.leg.br/a-camara/conheca/historia/Ex_presidentesCD_Republica/pedro_aleixo.html / Acesso: mai. 2021