Márcio Emanuel Moreira Alves nasceu em julho de 1936, na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Márcio carrega o nome de uma família tradicional repleta de políticos, intelectuais e ativistas do Sudeste brasileiro. Começou a trabalhar aos 17 anos, como repórter do jornal Correio do Amanhã, chegando a ser correspondente internacional. Enquanto cursava direito na Universidade Estadual do Rio de Janeiro, onde entrou em 1958 e se formou em 1963, participou de comitivas e encontros com políticos e estadistas como Jânio Quadros, Fidel Castro, José Magalhães Filho. Foi assessor de Francisco San Tiago Dantas. Assim iniciou sua vida política.
Como jornalista teve importante papel crítico e de denúncia nos primeiros anos da ditadura militar. Mesmo apoiando golpe contra João Goulart, logo mudou de posição com a instauração do Ato Institucional nº1. Em 1966, resolve concorrer às eleições, com o partido do Movimento Democrático Brasileiro, ao cargo de deputado federal. Tomou posse no ano seguinte.
No dia 30 de dezembro 1968, com o Congresso já em recesso forçado por Costa e Silva, é expedida uma lista de políticos com os mandatos cassados a partir daquela data. No topo da lista estava o nome de Márcio Moreira. Ele, então, sai do Brasil em exílio, percorrendo o Chile, a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru, a Argentina, a Bolívia, o México, os Estados Unidos, a França e Portugal. Nesses países, acaba por visitar, palestrar, estudar e lecionar em dezenas de instituições de ensino superior.
Em 1976, o Supremo Tribunal Militar o condena a dois anos e três meses de prisão por discurso feito no Congresso. Foi absolvido pela Câmara dos Deputados. No ano seguinte, foi aberto inquérito no Departamento de Ordem Política e Social pela circulação, em território brasileiro, de seu livro publicado quando estava em Lisboa, onde desejava o socialismo aos camponeses. O inquérito, entretanto, foi arquivado. Com a Lei de Anistia, volta ao Brasil, em 1979, e se filia ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, após o fim do bipartidarismo. Nos anos seguintes, além de se tornar suplente na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, nas eleições de 1982, foi assessor da presidência do Banco Banespa (até 1986) e também subsecretário de Relações Internacionais do estado do Rio de Janeiro. Em 1990, desliga-se do PMDB e volta a se dedicar ao jornalismo, nos temas políticos, para os jornais Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e O Globo. Afastou-se de suas atividades após sofrer um acidente vascular cerebral. Morreu em abriu de 2009, após cinco meses de internação por conta do problema de saúde.
Fonte: https://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/marcio-emanuel-moreira-alves / Acesso: mai. 2021
Como jornalista teve importante papel crítico e de denúncia nos primeiros anos da ditadura militar. Mesmo apoiando golpe contra João Goulart, logo mudou de posição com a instauração do Ato Institucional nº1. Em 1966, resolve concorrer às eleições, com o partido do Movimento Democrático Brasileiro, ao cargo de deputado federal. Tomou posse no ano seguinte.
No dia 30 de dezembro 1968, com o Congresso já em recesso forçado por Costa e Silva, é expedida uma lista de políticos com os mandatos cassados a partir daquela data. No topo da lista estava o nome de Márcio Moreira. Ele, então, sai do Brasil em exílio, percorrendo o Chile, a Venezuela, a Colômbia, o Equador, o Peru, a Argentina, a Bolívia, o México, os Estados Unidos, a França e Portugal. Nesses países, acaba por visitar, palestrar, estudar e lecionar em dezenas de instituições de ensino superior.
Em 1976, o Supremo Tribunal Militar o condena a dois anos e três meses de prisão por discurso feito no Congresso. Foi absolvido pela Câmara dos Deputados. No ano seguinte, foi aberto inquérito no Departamento de Ordem Política e Social pela circulação, em território brasileiro, de seu livro publicado quando estava em Lisboa, onde desejava o socialismo aos camponeses. O inquérito, entretanto, foi arquivado. Com a Lei de Anistia, volta ao Brasil, em 1979, e se filia ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro, após o fim do bipartidarismo. Nos anos seguintes, além de se tornar suplente na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, nas eleições de 1982, foi assessor da presidência do Banco Banespa (até 1986) e também subsecretário de Relações Internacionais do estado do Rio de Janeiro. Em 1990, desliga-se do PMDB e volta a se dedicar ao jornalismo, nos temas políticos, para os jornais Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e O Globo. Afastou-se de suas atividades após sofrer um acidente vascular cerebral. Morreu em abriu de 2009, após cinco meses de internação por conta do problema de saúde.
Fonte: https://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/marcio-emanuel-moreira-alves / Acesso: mai. 2021
Márcio Emanuel Moreira Alves
Nomes Políticos
Márcio Moreira Alves
Nascimento
Rio de Janeiro, RJ, 14 de julho de 1936
Falecimento
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 03 de abril de 2009
