Leonel de Moura Brizola

Leonel de Moura Brizola nasceu na localidade de Cruzinha, hoje situado no município de Carazinho, no dia 22 de janeiro de 1922. Seu histórico político se iniciou no ano de 1945, após começar a vida acadêmica na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e filiar-se ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Foi com essa legenda, que, dois anos após a sua filiação, já com 24 anos e 3.839 votos, elegeu-se deputado estadual, permanecendo no cargo por dois mandatos consecutivos. Aos 30 anos, assumiu a Secretaria Estadual de Obras Públicas, do Governo Ernesto Dorneles, de onde saiu para concorrer a deputado federal nas eleições de outubro de 1954. Aos 34 anos, Brizola elegeu-se prefeito de Porto Alegre, com 65.077 votos. Em 3 de outubro de 1958, Brizola foi eleito governador do Rio grande do Sul (1958-1963). Entre inúmeras ações, o governo de Brizola ficou conhecido pela desapropriação de bens da Companhia Telefônica Nacional, subsidiária da International Telephone & Telegraph.

Em 25 de agosto de 1961, Jânio Quadros renunciou à presidência da República. Em virtude do veto por ministros militares à posse de João Goulart, vice-presidente reeleito e cunhado de Brizola, este liderou campanha a favor da legalidade da ordem jurídica institucional, mobilizando a população na defesa da posse de "Jango".  O conflito com os militares que eram a favor do impedimento só foi resolvido com a emenda constitucional nº16/1961, que alterou o regime de governo para o parlamentarismo.

Com quase um terço do total do eleitorado, Brizola elegeu-se, em 1962, deputado federal pelo estado da Guanabara. Em 13 de março de 1964, no famoso comício da Central do Brasil, defendeu reformas de base, a formação de um governo popular e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte. O desfecho foi o golpe militar e a suspensão de seus direitos políticos por dez anos.

Após exílio no Uruguai, Brizola retornou ao Brasil, depois de decreto de anistia política, em 1979. Em maio de 1980, criou o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e foi eleito governador do Rio de Janeiro, em 1983 e 1991. A aproximação com o governo Collor chegou a render frutos para o Rio de Janeiro, mas a crise do governo do presidente acabou por desgastar Brizola politicamente. Concorreu à presidência da República, em 1989 e 1994, e à vice-presidência em 1998, na chapa do PT. Disputou, sem sucesso, a prefeitura do Rio de Janeiro, em 2000. Faleceu em 21 de junho de 2004, vítima de infarto.

Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/leonel-de-moura-brizola / Acesso: mai. 2021
Fonte: http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/leonel-brizola/ / Acesso: mai. 2021