Juscelino Kubitschek nasceu em 12 de setembro de 1902, em Diamantina, Minas Gerais. Também conhecido pela sigla JK, iniciou sua carreira política em 1933, após a morte do então governador de Minas Gerais, Olegário Maciel. O cargo foi preenchido por Benedito Valadares (nomeação feita por Getúlia Vargas). Valadares nomeou Kubitschek, então capitão-médico do Hospital Militar de Belo Horizonte, para o cargo de chefe de gabinete do governo do estado.
Em 1934, JK foi eleito deputado federal por Minas Gerais, pelo Partido Progressista (PP), cargo que ocupou até 1937, quando seu mandato foi cassado, após o fechamento do Congresso Nacional, durante o golpe do Estado Novo. Em 1940, foi nomeado por Benedito Valadares como prefeito de Belo Horizonte. Durante seu mandato, foi responsável pela realização de inúmeras obras públicas voltadas à modernização da cidade, seguindo o critério que observou em cidades do exterior, durante sua especialização em Medicina na Europa.
Juscelino Kubitschek deixou o cargo em 1945, assim como todos os outros indicados pelo Governo de Vargas, após o fim do Estado Novo e a redemocratização do país. No mesmo ano, foi eleito deputado federal pelo recém formado Partido Social Democrático (PSD). Ocupou o cargo até 1950. Foi eleito governador de Minas Gerais em 1951. Buscou a urbanização do estado, abrindo usinas hidrelétricas, investindo em transportes, e criando a Companhia Energética de Minas Gerais. Em 1955, renunciou ao cargo para concorrer nas eleições presidenciais que ocorreriam no mesmo ano. Em 1955, foi eleito presidente da República. Toma posse em 1956, somente após ação das Forças Armadas que depôs o antigo presidente Interino, Carlos Luz, da União Democrática Nacional (UDN), partido que contestou o resultado das eleições daquele ano e se recusou a ceder o cargo para Kubitschek.
Como presidente, Juscelino adotou o slogan “Cinquenta Anos em Cinco” e realizou um projeto de modernização e urbanização do país, focando-se no desenvolvimento da indústria automobilística e em seu Plano de Metas, que visava desenvolver as capacidades de produção do país nas áreas de energia, alimentação, transportes, indústria de base etc. Também foi o responsável pela transferência da capital do Brasil do Rio de Janeiro para Brasília, criada especialmente para esse fim, durante seu governo.
Juscelino Kubitschek deixou o cargo com considerável aprovação, em 1960. Em 1962, foi eleito senador do estado de Goiás e manifestou interesse em concorrer novamente nas eleições presidenciais de 1965, mas foi interrompido e teve seu mandato cassado durante o golpe militar de 1964. Depois disso, exilou-se no exterior. Kubitschek, voltou ao país, algumas vezes, com o intuito de articular frentes de oposição à ditadura militar. O retorno definitivo foi em 1967. Em 1976, morre em acidente de trânsito: seu carro colidiu com uma carreta. Sua morte é, até hoje, controversa. Grupos como a Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, de São Paulo, acreditam que o ex-presidente tenha sido assassinado, em decorrência da oposição que fazia aos militares. Em 2014, a Comissão Nacional da Verdade concluiu que a morte foi, de fato, em decorrência do acidente.
Fonte:
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/juscelino-kubitschek-de-oliveira / Acesso: mai. 2021