Jorge Bornhausen nasceu em 1º de outubro de 1937, no Rio de Janeiro, oriundo de uma família de tradição política no Sul do país. Graduou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1960. Em seguida, mudou-se para Santa Catarina, onde começou a exercer a profissão e trabalhar em negócios da família. Os Bornhausen apoiaram as movimentações de 1964. Com a edição do Ato Institucional N˚ 2, Jorge Konder Bornhausen ingressou na Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido que sustentava o regime militar. Em decorrência do Ato, com a cassação do mandato do vice-governador de Santa Catarina, Francisco Dall'Igna, a Assembleia Legislativa escolheu indiretamente Jorge Bornhausen para ocupar o posto. Findo o mandato, em 1971, foi eleito vice-presidente do diretório regional da Arena e, em seguida, presidente da organização. Em 1975, foi nomeado presidente do Banco do Estado de Santa Catarina, por seu primo, o então governador Antônio Carlos Konder Reis. Deixou o cargo em 1978, indicado para suceder a Konder Reis e assumir o governo do estado.
Em seu mandato, apoiou João Batista Figueiredo, na sucessão do presidente Ernesto Geisel, e defendeu a continuidade das eleições indiretas, afirmando que no Brasil eleições presidenciais diretas acarretavam na instabilidade do país. Ainda durante sua gestão, defendeu anistia restrita aos punidos pelo regime e foi contrário à extinção das duas legendas que compunham a estrutura partidária até então – Arena e MDB. Com o fim do bipartidarismo, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), legenda que acolheu a maioria dos políticos da Arena. Renunciou ao cargo de governador em 1982, para concorrer ao pleito no mesmo ano, quando foi eleito senador pelo PDS. Nas eleições realizadas pelo Colégio Eleitoral em 1985, Jorge Bornhausen votou na chapa de Tancredo e Sarney. Com a morte de Tancredo e ascensão de Sarney à presidência, o presidente do PFL, Marco Maciel, assumiu o Ministério da Educação. Bornhausen sucedeu o então ministro na presidência do partido.
Na ocasião, o PFL ocupava lugar de grande representatividade no Congresso Nacional, fazendo com que os dirigentes do partido exigissem mais ministérios do governo Sarney. Neste contexto, houve a reforma ministerial em 1986, quando Bornhausen deixou a presidência do PFL, para chefiar a pasta da Educação. Em 1992, assumiu a recém-criada Secretaria de Governo de Collor, onde passou a auxiliar na coordenação da ação política do presidente. Lá, passou a defender o mandato de Collor, concentrando seus esforços para evitar os avanços da CPI que investigava o então presidente e que levaria, mais tarde, à abertura do processo de impeachment. No mesmo ano, Bornhausen apresentou pedido de demissão e se desligou do cargo.
Com a eleição de FHC, foi convidado para assumir a embaixada do Brasil em Portugal, em 1996. Deixou a embaixada em 1998, quando passou a apoiar e auxiliar a campanha de reeleição de FHC. Depois do pleito, o candidato tucano assumiu outro mandato na presidência, e Bornhausen voltou ao Congresso, eleito senador por Santa Catarina. Em 2007, concluiu seu mandato no Senado. No mesmo ano, o PFL mudou seu nome para Democratas (DEM). No processo de renovação, Bornhausen deixou a presidência do partido. Em 2010, ele optou por se desfiliar do DEM e auxiliou, informalmente, na criação do PSD, Partido Social Democrático, de Gilberto Kassab.
Fonte:
http://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1205-Jorge_Bornhausen / Acesso: mai. 2021