Nascido em Lisboa, em 13 de maio de 1967, João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança, mais conhecido como Dom João VI, iniciou sua vida política casando com Carlota Joaquina, quarta filha do Rei Carlos IV de Espanha, em 08 de maio de 1785. O casamento permitia maior aproximação política entre Portugal Espanha, o que era visto como vantagem para ambos países. Foi declarado herdeiro do trono português em 1788, em função da morte do irmão primogênito, o príncipe Dom José de Bragança.
No dia 10 de fevereiro de 1972, em função da insanidade mental de sua mãe, D. Maria I, Dom João VI passou a governar Portugal. Foi intitulado príncipe regente sete anos depois, em 13 de julho de 1799. Após dois anos da morte de sua mãe, em 06 de fevereiro de 1818, foi coroado rei de Portugal, em cerimônia realizada no Rio de Janeiro, já que residia no Brasil. Veio para o país, junto a família, no auge da Revolução Francesa, quando soube dos avanços das tropas de Napoleão que, comandado pelo general Andoche Junot, seguia em direção a Portugal. No dia 22 de janeiro de 1808, o navio que trazia Dom João VI e a família real, ancorou em Salvador. Após seis dias da chegada em Salvador, Dom João VI assinou, em 28 de janeiro de 1808, a carta régia, documento que decretava a abertura dos portos brasileiros ao comércio exterior. Durante a estada no Brasil, ele também decretou, por meio de alvará, no dia 1º de abril de 1808, a liberdade industrial no país, revogando o alvará de 1785, de D. Maria I, que proibia o estabelecimento de fabricas na então colônia. A chegada da família real, no Brasil, mudou tudo: a nação se tornou sede do governo português, com reconhecimento oficial em 16 de fevereiro de 1815, quando se elevou à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves.
Do outro lado do Atlântico, Portugal conseguiu se livrar de Napoleão Bonaparte, com a ajuda militar dos ingleses. Entretanto, a ausência da família real, aliada às dificuldades econômicas e aos impactos do domínio da ditadura militar inglesa, emergiu, na cidade do Porto, em 1820, a Revolução Liberal do Porto. Os revolucionários formaram a Junta Provisória do Governo Supremo do Reino e exigiram inúmeros acordos, entre os quais, o retorno imediato de Dom João VI; uma Constituição para o país; e a recolonização do Brasil.
Diante da conjuntura política, Dom João VI realizou juramento prévio da Constituição e anunciou sua partida em 07 de março de 1821. Em 26 de abril de 1821, pressionado pelos portugueses, Dom João VI partiu rumo a Portugal e, por meio de decreto, entregou a regência do Brasil para seu filho, Dom Pedro I. Ao chegar a Portugal, Dom João VI foi obrigado a assinar a Constituição que lhe destituía de extensos poderes e direitos. No ano de 1823, Dom João VI restabelece os poderes monárquicos, após enfrentar sua mulher, Carlota Joaquina, e o seu filho Dom Miguel I. O período que seguiu até o fim de sua vida foi marcado por inúmeras conturbações políticas e familiares, culminando com a morte por envenenamento, supostamente provocada por sua esposa, Carlota Joaquina.
Fonte:
http://www.e-biografias.net/domjoao_vi / Acesso: mai. 2021
Fonte:
http://bndigital.bn.br/exposicoes/dom-joao-vi-e-a-biblioteca-nacional-o-papel-de-um-legado / Acesso: mai. 2021