Há divergências históricas sobre o nascimento de Itamar Franco, mas a versão mais aceita é que teria nascido em 28 de junho de 1929, na casa de sua tia. Com poucos meses de idade, foi levado para Juiz de Fora, onde teve outro registro. Itamar fez os cursos do primário e do secundário no instituto Grambery, formando-se em 1954 em Engenharia Civil e Eletrotécnica, pela Faculdade de Engenharia de Juiz de Fora. Participou de atividades políticas durante a faculdade e trabalhou como auxiliar de estatística do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi topógrafo do Departamento Nacional de Obras e Saneamento (DNOS) e auxiliar-técnico do Serviço Social da Indústria (Sesi). Iniciou sua carreira política em 1954, concorrendo a uma cadeira na Câmara de Vereadores de Juiz de Fora, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Em 1960, concorreu a vice-prefeito da cidade pelo PTB, mas não obteve sucesso. Depois do golpe de 1964, entrou para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), opondo-se à ditadura militar.
Em 1966, concorreu às eleições para prefeito de Juiz de Fora, assumindo o cargo no ano seguinte. Em 1968, casou-se com Ana Elisa Surerus, tendo com ela duas filhas. Em 1974, deixou a prefeitura de Juiz de Fora para concorrer ao Senado pelo MDB, derrotando o candidato José Augusto Ferreira Filho, da Arena. Em 1980, foi decretado o fim do bipartidarismo, e o MDB se dividiu em diversos outros partidos. Itamar se filiou ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1982, reelegeu-se senador pelo PMDB, assumindo em 1983.
Em 1986, Itamar deixou o PMDB e se filiou ao PL, partido pelo qual concorreu ao governo estadual mineiro, mas terminou a corrida derrotado. Participou da formação da constituinte em 1987-1988 como líder do PL no Senado. Em 1989, aceitou convite de Fernando Collor para fazer parte do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), que elegeu Collor como presidente e Itamar como vice. Posteriormente, Itamar rompe com o PRN e faz duras críticas a Collor. Com as inúmeras acusações envolvendo o governo Collor, Itamar foi a público dizer que não estava envolvido nas ações do presidente, declarando estar apto para assumir a presidência no caso de impeachment. Formou-se um grupo suprapartidário para oferecer estrutura ao governo de Itamar, no caso do afastamento do presidente Collor, o então chamado “cinturão de Itamar” ou “república dos senadores”. Em 1992, Collor foi deposto, e Itamar assumiu a presidência da República.
Como medida para estabilizar a economia, Itamar criou o Plano de Estabilização Econômica, o Plano Real, idealizado pelo economista Edmar Bacha, cujo objetivo seria o controle da inflação e a volta do crescimento econômico brasileiro. Depois de deixar a presidência em 1995, tornou-se embaixador do Brasil em Portugal. Em 1999, foi eleito governador de Minas Gerais. Após o fim do mandato, em 2002, foi nomeado embaixador brasileiro na Itália. Em 2010, foi eleito senador, mas não conseguiu finalizar o mandato. Faleceu em 2011, vítima de leucemia.
Fonte:https://www.mg.gov.br/governador/itamar-augusto-cautiero-franco Acesso fev. 2020
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Federal de Juiz de Fora (MG) | 1950 | 1954 |