Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon Bragança e Orléans

Nasceu no Rio de Janeiro, filha de do imperador D. Pedro II com a Imperatriz Teresa Cristina, época em que a família real portuguesa ainda estava no Brasil. Com a morte de seu irmão mais velho, tornou-se herdeira do trono e sucessora de seu pai, com 11 meses de idade, ainda que o reconhecimento oficial tenho sido feito apenas em 1850, com a morte do outro filho homem do imperador.

Em 1860, prestou juramento se comprometendo a manter no Brasil a religião católica, respeitar as leis imperiais e o imperador. Casou-se em 1864, em união arranjada por seu pai, com o francês Luís Gastão de Orleans, conhecido como Conde D'Éu, neto de Luís Filipe 1º, último rei da França, com quem teve três filhos.

Em 1871, com a viagem de D. Pedro II para a Europa, Isabel assumiu, pela primeira vez, a regência do Império, com poderes totais para governar o país. No mesmo dia, assinou a Lei do Ventre Livre, já aprovada pelo Congresso, que alforriava todas as crianças nascidas de escravos, a partir daquela data. No início de 1972, D.Pedro II retornou de viagem, reassumindo suas funções administrativas. 

Em 1873, o imperador saiu do país para viagem à América do Norte, Europa e Oriente Médio. Isabel, pela segunda vez, passa a atuar como regente. No final de 1975, já com 11 anos de casada, dá luz ao seu primeiro filho, Príncipe D. Pedro de Alcântara. Em 1877, nasceu o segundo, D. Luís Maria Filipe. Ambos os filhos nasceram no Rio de Janeiro. 

O terceiro filho, D. Antônio Gastão Francisco, nasceu na França, em 1881, durante viagem da família real ao país. Retornando ao Brasil, Isabel viajou com seu marido para o Sul e o Sudeste do país, do final de 1884 ao início de 1885. Em 1887, com problemas de saúde, D. Pedro II volta à Europa para se tratar, e Isabel assume, pela terceira vez, a regência do Império. Nesse período, as ideias sobre o abolicionismo no Brasil já ganhavam força entre a população, e as pressões externas pela abolição aumentavam. A princesa se aliou aos movimentos populares e aos partidários abolicionistas. Entretanto, as relações com o ministro Barão de Cotegipe, que defendia uma retardação no ritmo das reformas, tornavam-se mais tensas, o que fez com que a princesa assinasse a demissão dele do cargo, nomeando como seu sucessor o abolicionista João Alfredo Correia de Oliveira, que passou a ocupar o cargo de presidente do Conselho de Ministros, ainda no começo de 1888. A nova nomeação facilitou os trâmites para a abolição incondicional. O gabinete de Oliveira apresentou a proposta ao parlamento, que aprovou a medida. Em maio do mesmo ano, Isabel sancionou a Lei Áurea, que proibia a escravidão em todo território nacional. Ainda em 1888, Pedro retornou de sua viagem, e Isabel abandonou, novamente, suas funções administrativas. 

A princesa era partidária de algumas ideias modernas para sua época, como o sufrágio feminino e a reforma agrária. Documentos recentemente descobertos revelam que a princesa estudou indenizar os ex-escravos com recursos do Banco MauáCom a proclamação da República, no final de 1899, a família real seguiu para o exílio na Europa. Isabel ficou instalada no castelo da família de seu marido, na região da Normandia, noroeste da França, local em que faleceu, aos 75 anos, em 1921.

Fonte: http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/550-isabel-cristina-leopoldina-augusta-micaela-gabriela-rafaela-gonzaga-de-braganca-e-bourbon-princesa-isabel Acesso: fev.2020.

Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon Bragança e Orléans

Nomes Políticos
Princesa Isabel

Nascimento
Rio de Janeiro, RJ, 29 de junho de 1846

Falecimento
França, 14 de novembro de 1921