Humberto de Alencar Castelo Branco nasceu no dia 20 de setembro de 1987, na cidade de Fortaleza (CE). Filho do General Cândido Borges Castelo Branco e de Antonieta Alencar Castelo Branco. Por parte de mãe, é descendente do romancista José de Alencar. Estudou no Colégio Militar de Porto Alegre e, em 1918, entrou para a Escola Militar do Realengo, onde entrou para a infantaria tendo grande destaque. Estudou também na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais da Armada, Escola de Estado-Maior e Escola de Aviação Militar.
Durante a campanha militar do Brasil na Itália, durante a primeira guerra mundial, Castelo Branco fez parte da Seção de Planejamento da Força Expedicionária Brasileira (FEB). Conseguiu o cargo de subchefe do EMFA (Estado Maior das Forças Armadas), depois se tornou comandante da Escola do Estado-Maior e diretor do departamento de estudos da Escola Superior de Guerra (ESG). Com grande prestígio no meio militar, Castelo Branco foi promovido a general do Exército (1962); nomeado comandante do 4º Exército em Recife (1962-1963); e designado chefe do Estado-Maior do Exército (1963-1964).
Foi um dos articuladores do golpe militar de 1964, sendo nomeado por tempo provisório como presidente. Em 9 de Abril de 1964, o Supremo Comando do Exército decreta o Ato Institucional N°1 (AI-1), que suspendia todos os cargos políticos do governo anterior, e o presidente passou a ter o poder de cassar mandatos e suspender direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos; de propor emendas à Constituição; de declarar Estado de Sítio. Depois do anúncio do AI-1, Castelo Branco assumiu a presidência do país, e o Serviço Nacional de Informação (SNI) foi criado. O governo de Castelo Branco anunciou que tinha como objetivo combater os comunistas e a corrupção, bem como recuperar a credibilidade internacional do Brasil. Com isso, diversos políticos tiveram seus mandatos cassados, entre eles João Goulart, Leonel Brizola, Juscelino Kubitschek e Jânio Quadros. Foram perseguidos militantes de esquerda, líderes sindicais, religiosos, militantes das ligas camponesas, professor, estudantes e militares, todos aqueles que, aos olhos da nova ordem, eram subversivos.
Em 27 de outubro de 1965, o governo de Castelo Branco decretou o AI-2. O novo ato extinguia os demais partidos políticos e criava o bipartidarismo, com dois partidos que, a partir de então, teriam seus candidatos eleitos por voto fechado. Os dois partidos existentes agora eram a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Em relação à economia do país, Castelo Branco reduziu o crédito bancário, aumentou os impostos e iniciou a prática da redução dos salários, que ficou conhecida como política de arrocho salarial. A lei de garantia da estabilidade do emprego foi substituída pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e pela unificação dos institutos de aposentadoria e pensões, com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Em 1967, ainda sob o governo de Castelo Branco, é instaurada a nova Constituição que gerou grandes polêmicas pelo seu caráter antidemocrático. Castelo Branco fazia parte da chamada “linha dura” durante a ditadura militar, recebendo influências do serviço de inteligência norte-americano. Faleceu no Ceará, em 18 de julho de 1967, vítima de acidente de avião.
Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/humberto-de-alencar-castelo-branco Acesso: fev.2020.
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Membro do partido | 1964 | 1985 | ||
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Presidente (a) | 1964 | 1967 |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Escola Militar de Realengo | 1918 | 1921 |