Hermes Rodrigues da Fonseca

Hermes Rodrigues da Fonseca nasceu em 12 de maio de 1855, na cidade de São Gabriel, estado do Rio Grande do Sul. Filho do Marechal Hermes Ernesto da Fonseca que, por carta imperial, foi nomeado presidente da província de Mato Grosso e governador da Bahia, durante a consolidação da primeira República e sobrinho do proclamador da República e primeiro presidente do Brasil (1889-1891), Marechal Manuel Deodoro da Fonseca.

Em 1871, matriculou-se na Escola Militar do Brasil, onde foi aluno de Benjamin Constant, um dos propagadores da filosofia positivista no Brasil. Participou do golpe militar de 15 de novembro de 1889, que substituiu o regime monárquico pela República. Em 1896, foi nomeado chefe da Casa Militar da presidência da República, durante os quatro meses do governo de Manuel Vitorino.

Como ministro da Guerra do governo de Afonso Pena (1906-1909), alcançou o mais alto posto do Exército com a patente de Marechal. Em 1908, instituiu a Lei do Serviço Militar Obrigatório. Foi um dos fundadores do Partido Republicano Conservador, em 1910. Com 403.867 votos, contra 222.822 votos de Rui Barbosa, tornou-se o 8º presidente do Brasil e o primeiro militar a chegar à presidência pelo voto direto.

Apoiado por políticos do Rio Grande do Sul e por militares favoráveis à intercessão das Forças Armadas na política, Hermes da Fonseca iniciou uma série de intervenções militares regionais, substituindo políticos contrários ao seu projeto de “moralização” por candidatos de sua confiança. A “política das salvações”, como ficou conhecida, visava as oligarquias dominantes, com o objetivo de desestruturar a “política do café com leite” e reduzir as desigualdades sociais. Argumentou que seu objetivo era o de acabar de vez com a corrupção. Essa política intervencionista gerou mais instabilidade e crise, causando as revoltas e rebeliões armadas que eclodiram nos estados que se insurgiram contra os interventores.

A Revolta da Chibata, movimento de marinheiros que se opunham ao regime de castigos físicos em vigor na Marinha, foi apenas o começo de uma série de problemas a serem administrados pelo presidente. No Nordeste, ao buscar neutralizar as forças oligarcas locais, desencadeou-se a Revolta de Juazeiro, liderada pelo padre Cícero Romão Batista, evento que fortaleceu a política do coronelismo na primeira República. Em seu governo, eclodiu a Guerra do Contestado (1912-1916), conflito armado de caráter messiânico que movimentou camponeses em luta por terras desapropriadas pelo governo em território disputado pelos estados do Paraná e de Santa Catarina.

Hermes da Fonseca decretou estado de sítio no Ceará, após a Revolta de Juazeiro, na capital federal e em Niterói, após onda de manifestações do movimento operário. Depois de deixar a presidência, candidatou-se ao Senado pelo Rio Grande do Sul, não assumindo em virtude do assassinato do senador Pinheiro Machado. Teve prisão decretada pelo presidente Epitácio Pessoa, pelo envolvimento na Revolta do Forte de Copacabana em 1922, primeira manifestação do movimento tenentista. Foi libertado seis meses depois. Morreu em Petrópolis, em 9 de setembro de 1923.  

Fonte:

https://educacao.uol.com.br/biografias/hermes-rodrigues-da-fonseca.jhtm.  Acesso: fev. de 2020.

 

Hermes Rodrigues da Fonseca

Nomes Políticos
Marechal Hermes da Fonseca

Nascimento
São Gabriel, RS, 15 de maio de 1855

Falecimento
Petrópolis, RJ, Brasil, 09 de setembro de 1923


Participações

Organização Função Início Término Cidade Estado
Partido Republicano Conservador (PRC)
Fundador (a) do partido 1910 1930
Partido Republicano Conservador (PRC)
Presidente (a) 1910 1914
Ministério da Guerra
Ministro (a) 1906 1909

Formações

Instituição de Ensino Campo de Estudo Início Término
Real Academia Militar 1872 1876