Golbery do Couto e Silva

Golbery do Couto e Silva nasceu na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, no dia 21 de agosto de 1911. Estudou no Ginásio Lemos Júnior, em sua cidade natal. Em 1927, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, tornando-se aspirante a oficial, em 1930. Logo foi indicado para segundo tenente, no 9º Regimento de Infantaria (9º RI), em Pelotas (RS). Foi transferido para o 6ª Brigada de Infantaria onde se tornou tenente e depois foi promovido a capitão, em 1937. Foi deslocado para a Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional, o que resultou no seu envio para Curitiba, onde passou a servir na Divisionária da 5ª Região Militar (ID/5). De lá, em 1940, foi transferido para o 13º Batalhão de Caçadores, aquartelado na cidade catarinense de Joinville.

Ingressou na Escola do Estado Maior, concluindo o curso em 1943, sendo depois designado para o estado-maior da 3ª Região Militar (3ª RM) em Porto Alegre. Atuou como informante na Força Expedicionária Brasileira (FEB), que combatia na Itália desde 1940. Nos tempos do governo João Goulart, Golbery esteve à frente de uma aliança entre militares e empresários, que fundaram o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES). Golbery aspirava uma possível intervenção militar. Utilizou o IPES de forma autônoma, espalhando milhares de escutas telefônicas pela cidade, desenvolvendo diversos relatórios e enviando-os para o órgão central da organização.

Após ir para a reserva, passando ao posto de general, Golbery iniciou estudos para fazer frente ao "avanço do comunismo" no cenário político brasileiro. Respeitado e apoiado pelo marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, que em abril de 1964 se tornaria o primeiro presidente do regime militar, Golbery passou a chefiar o Serviço Nacional de Informações (SNI) da ditadura, sendo indicado ao cargo de Ministro de Estado. 

O General Golbery, segundo as Forças Armadas, destacou-se como teórico do movimento político-militar de 1964. Contudo, a partir de 1974, trabalhou integralmente pela abertura política do país, pois nunca concordou com os métodos de ação da “linha dura”. Em 1967, Golbery do Couto e Silva assumiu vaga de ministro do Tribunal de Contas da União e, em 1974, no governo Geisel, tornou-se chefe da Casa Civil da presidência da República, cargo que manteve com a posse de João Figueiredo. 

Demitiu-se do gabinete civil em 1981, por discordâncias econômicas em relação às políticas de reajuste do ministro da Economia, Delfim Netto. Ao se demitir do gabinete, fez pronunciamento apoiando a candidatura de Paulo Maluf pelo Partido Democrático Social (PDS, antiga ARENA). Após a derrota de Maluf, Golbery se afastou da carreira pública e da mídia. Faleceu em São Paulo, no dia 18 de setembro de 1987.

Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/silva-golberi-do-couto-e  Acesso: jun.2020.