Eduardo Cunha nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1958. Estudou economia entre os anos de 1971 e 1980. Desde a adolescência, trabalhou no setor privado, em empresas como Xerox do Brasil, por exemplo. Começou a trajetória política ao ingressar no Partido da Reconstrução Nacional (PRN), em 1989, onde trabalhou como tesoureiro da campanha de Fernando Collor de Mello à presidência da República. Com a vitória de Collor, Cunha foi nomeado presidente da estatal Telecomunicações do estado do Rio de Janeiro (Telerj), de 1991 a 1993. Como presidente da Telerj, Cunha teve importante papel na implementação da telefonia celular no estado e se envolveu em esquemas de superfaturamento, chegando a ser investigado por envolvimento no esquema de PC Farias, que culminaria no processo de impeachment de Fernando Collor.
Em 1994, filiou-se ao Partido Progressista Brasileiro (PPB). Tentou ser eleito deputado estadual nas eleições de 1998, conseguindo a suplência. Em 2001, assume o cargo, após o afastamento do deputado titular. Antes de tomar posse, foi subsecretário de Habitação do governo de Anthony Garotinho, em 1999, e presidente da Companhia Estadual de Habitação do Rio de Janeiro (Cehab-RJ), até o ano 2000, quando foi afastado por denúncias de contrato sem licitação e contratação de empresas fantasma.
Com as eleições de 2002, ainda com a legenda do PPB, Cunha foi eleito deputado federal. No ano seguinte, troca de partido e se filia ao Partido Progressista (PP). Em seguida, muda novamente de legenda, passando a fazer parte do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Cunha se torna vice-líder do partido na Câmara.
Reeleito à Câmara dos Deputados nas eleições de 2006, 2010 e 2014, seus mandatos foram marcados por projetos de leis reacionários. Eleito presidente da Câmara dos Deputados, em fevereiro de 2015, com 267 votos, permaneceu no cargo até 2016, quando o Supremo Tribunal Federal acolheu denúncias graves de corrupção feitas pela Procuradoria Geral da República, após Cunha ter sido citado diversas vezes na Operação Lava Jato. Depois de afastado da presidência da Câmara, renunciou ao posto. Perdeu o mandato, meses depois, com o voto de 231 deputados. Como presidente da Câmara, Eduardo Cunha teve importante papel na articulação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, antiga aliada.
Em setembro de 2016 teve sua prisão preventiva decretada, ao que foi condenado em março do ano seguinte, pelo juiz Sérgio Moro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Em 2020, foi autorizada sua prisão domiciliar, em razão da pandemia de COVID-19. Em setembro do mesmo ano sofreu nova condenação na Operação Lava Jato, tendo sua aposentadoria cassada pela ALERJ. Em 2021, teve sua prisão domiciliar revogada.
Em março de 2022, Cunha anunciou sua saída do MDB e sua filiação ao PTB, e alguns meses depois o Tribunal Regional Federal da 1a Região suspendeu sua inegilibidade. Em 2022, Eduardo Cunha foi candidato a deputado federal por São Paulo, obtendo 5 mil votos e não se elegendo.
Em 2023, o STF anulou uma condenação do ex-deputado vinculada a Operação Lava-Jato.
Fonte:
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/cunha-eduardo>. Acesso: fev. 2020.
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160417_perfil_cunha_calazans?ocid=socialflow_facebook>. Acesso: fev. 2020.
https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2021/05/06/eduardo-cunha-tem-ultima-ordem-de-prisao-domiciliar-revogada-e-esta-livre. Acesso mai.2021
https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/08/10/valor-na-cbn-eduardo-cunha-e-outros-envolvidos-em-escandalos-sao-candidatos-em-sao-paulo.ghtml Acesso: ago.2022
https://valor.globo.com/politica/noticia/2022/03/31/mesmo-inelegivel-cunha-filia-se-ao-ptb-para-ser-candidato-em-sao-paulo.ghtml Acesso: ago.2022
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/05/29/stf-anula-condenacao-de-cunha-a-quase-16-anos-de-prisao-na-lava-jato.ghtml Acesso: ago.23
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Membro do partido | 2003 | 2022 | ||
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Deputado (a) Federal | 2007 | 2016 | Rio de Janeiro | RJ |
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Deputado (a) Federal | 2003 | 2007 | Rio de Janeiro | RJ |
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Deputado (a) Estadual | 2001 | 2003 | Rio de Janeiro | RJ |
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Membro do partido | 1995 | 2003 | ||
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Membro do partido | 1989 | 1995 | ||
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Membro do partido | 2022 |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Candido Mendes (RJ) | 1971 | 1980 |