Ciro Gomes nasceu em Pindamonhangaba, no estado de São Paulo, em 6 de novembro de 1957. Iniciou a militância política depois de se mudar para Fortaleza e entrar na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará. No último ano de curso (1979), candidatou-se à vice-presidência da União Nacional dos Estudantes, mas não conseguiu ser eleito. Em 1982, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS), sucessor da Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e concorreu ao cargo de deputado estadual pelo Ceará. Foi eleito 11.600 votos. Em 1983, deixou o PDS para se filiar ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Foi reeleito com a nova legenda à Assembleia Legislativa do Ceará, nas eleições de 1986. Nesse segundo mandato, aproxima-se do governador Tasso Jereissati e assume a liderança do governo na Assembleia. Ciro foi convidado pelo governador a concorrer às eleições de 1988 para a prefeitura de Fortaleza. Nesse ano, ele deixou o PMDB e auxiliou na criação de um novo partido, intitulado Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Eleito prefeito, tomou posse em 1989. Com a nova legenda, e aproveitando a alta popularidade na prefeitura de Fortaleza, Ciro deixou seu cargo municipal para ser eleito governador do Ceará em 1990, em primeiro turno, com 56% dos votos.
Foi o primeiro governador eleito pelo PSDB. Ciro deixou o Executivo estadual do Ceará em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, a convite do então presidente Itamar Franco. Saiu do ministério no ano seguinte, quando Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência da República. Em seguida, foi estudar aspectos da economia brasileira na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Em 1997, começou a articular sua saída do PSDB e a entrada no Partido Popular Socialista, buscando espaço para poder se candidatar à presidência da República, com o fim do primeiro mandato de FHC. Teve sua candidatura homologada em 1998, e enfrentou como principais adversários o presidente FHC e Luiz Inácio Lula da Silva. Ciro ficou em terceiro lugar. Em 2002, concorreu, novamente, às eleições presidenciais, com a coligação intitulada Frente Trabalhista, formada por PPS, PDT e PTB. Trouxe também, para o seu lado, parte dos membros do Partido da Frente Liberal (PFL). Perdeu as eleições, ainda em primeiro turno, ficando em quarto lugar na disputa eleitoral, com aproximadamente 12% dos votos válidos. No segundo turno, defendeu a candidatura de Lula. No primeiro dia de governo do novo presidente (1º de janeiro de 2003), Ciro Gomes foi empossado Ministro da Integração Nacional.
Em 2005, Ciro anunciou sua filiação ao PSB. No ano seguinte, deixou o Ministério da Integração Nacional para disputar as eleições para a Câmara dos Deputados, sendo eleito com 667.830 votos. Formou a base governista na Câmara e teve atuação legislativa discreta. Nos anos seguintes a seu mandato no Congresso Nacional, Ciro Gomes não se candidatou à presidência da República. Em 2013, tornou-se secretário estadual de Saúde, durante o governo do irmão Cid Gomes. Cargo que também ocupou em 2015, no governo de Camilo Santana. Saiu do PSB em 2013, por discordar da candidatura de Eduardo Campos à presidência da República. Passou dois anos no PROS (2013-2015), até entrar no PDT, em 2015. Concorreu às eleições presidenciais de 2018, tendo como vice Kátia Abreu, também do PDT. A chapa alcançou 13.344.371 de votos (12,47 %), ficando em 3° lugar.
Em 2022, Ciro Gomes foi novamente candidato a presidência da República, obtendo 3,05% dos votos e não se elegendo.
Fonte:
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/ciro-ferreira-gomes>. Acesso : fev. 2020.
http://educacao.uol.com.br/biografias/ciro-gomes.htm>. Acesso : fev. 2020.
https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2022/08/05/jn-antecipa-entrevista-com-ciro-gomes-apos-desistencia-de-janones.htm Acesso: ago.2022
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Federal do Ceará (CE) | 1976 | 1979 |