Benedito Valadares Ribeiro nasceu em Pará de Minas (MG), em 1892. Formou-se pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, em 1920, depois de já ter cursado a Faculdade de Odontologia de Belo Horizonte, embora nunca tenha exercido a profissão. Regressou à cidade natal após concluir os estudos e ali iniciou carreira política como vereador. Em 1930, apoiou a candidatura de Getúlio Vargas, lançada pela Aliança Liberal, que reunia setores políticos dirigentes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba, e oposições dos demais estados. Era prefeito de Pará de Minas quando o movimento que levou Vargas ao poder foi deflagrado, em outubro de 1930.
Colaborador do governador mineiro Olegário Maciel, ajudou no combate ao movimento de insurreição desencadeado em São Paulo contra o governo federal, em 1932. No ano seguinte, filiado ao Partido Progressista (PP), foi incluído na chapa do partido às eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Derrotado nessa primeira tentativa de chegar à Câmara dos Deputados, só obteve seu mandato nas eleições suplementares realizadas meses depois.
Em setembro de 1933, morre o governador Olegário Maciel. Vargas indica Benedito Valadares para o cargo, político de pouca expressão e completamente desvinculado das facções em disputa. Nos anos seguintes, Valadares se tornaria um dos aliados de Vargas nos embates políticos travados pelo presidente.
Em abril de 1935, foi eleito pelos deputados constituintes mineiros como governador do estado. Esteve, nos anos seguintes, nas articulações com vistas à sucessão presidencial, prevista para janeiro de 1938. Acabou, porém, por apoiar o projeto continuísta de Vargas que, em novembro de 1937, cancelou as eleições e instaurou a ditadura do Estado Novo. Em seguida, foi confirmado à frente do governo mineiro, onde permaneceu até outubro de 1945, quando Vargas foi deposto. Nesses anos, consolidou sua imagem como político.
Após o final do Estado Novo, ingressou no Partido Social Democrático (PSD), agremiação organizada a partir do prestígio que os antigos interventores ainda detinham, e deu apoio decidido à candidatura presidencial de Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra de Vargas. Exerceu, inclusive, a presidência nacional do PSD por alguns anos. Em fevereiro de 1946, assumiu seu mandato de deputado federal constituinte, para o qual havia sido eleito em dezembro do ano anterior. Em 1947, foi derrotado na disputa por uma vaga no Senado Federal por Minas Gerais. Reelegeu-se para a Câmara dos Deputados em 1950, e, em 1954, obteve o mandato de senador, que foi renovado em 1962. Em 1964, apoiou o golpe que afastou João Goulart da presidência da República. Em seguida, defendeu o apoio do PSD à ditadura militar. Em 1966, com a extinção dos antigos partidos, ingressou na Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime. Deixou o Senado no início de 1971, quando encerrou sua carreira política.
Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias/benedito_valadares. Acesso: fev.2020.
Colaborador do governador mineiro Olegário Maciel, ajudou no combate ao movimento de insurreição desencadeado em São Paulo contra o governo federal, em 1932. No ano seguinte, filiado ao Partido Progressista (PP), foi incluído na chapa do partido às eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Derrotado nessa primeira tentativa de chegar à Câmara dos Deputados, só obteve seu mandato nas eleições suplementares realizadas meses depois.
Em setembro de 1933, morre o governador Olegário Maciel. Vargas indica Benedito Valadares para o cargo, político de pouca expressão e completamente desvinculado das facções em disputa. Nos anos seguintes, Valadares se tornaria um dos aliados de Vargas nos embates políticos travados pelo presidente.
Em abril de 1935, foi eleito pelos deputados constituintes mineiros como governador do estado. Esteve, nos anos seguintes, nas articulações com vistas à sucessão presidencial, prevista para janeiro de 1938. Acabou, porém, por apoiar o projeto continuísta de Vargas que, em novembro de 1937, cancelou as eleições e instaurou a ditadura do Estado Novo. Em seguida, foi confirmado à frente do governo mineiro, onde permaneceu até outubro de 1945, quando Vargas foi deposto. Nesses anos, consolidou sua imagem como político.
Após o final do Estado Novo, ingressou no Partido Social Democrático (PSD), agremiação organizada a partir do prestígio que os antigos interventores ainda detinham, e deu apoio decidido à candidatura presidencial de Eurico Gaspar Dutra, ex-ministro da Guerra de Vargas. Exerceu, inclusive, a presidência nacional do PSD por alguns anos. Em fevereiro de 1946, assumiu seu mandato de deputado federal constituinte, para o qual havia sido eleito em dezembro do ano anterior. Em 1947, foi derrotado na disputa por uma vaga no Senado Federal por Minas Gerais. Reelegeu-se para a Câmara dos Deputados em 1950, e, em 1954, obteve o mandato de senador, que foi renovado em 1962. Em 1964, apoiou o golpe que afastou João Goulart da presidência da República. Em seguida, defendeu o apoio do PSD à ditadura militar. Em 1966, com a extinção dos antigos partidos, ingressou na Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime. Deixou o Senado no início de 1971, quando encerrou sua carreira política.
Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/biografias/benedito_valadares. Acesso: fev.2020.
Benedito Valadares Ribeiro
Nomes Políticos
Benedito Valadares
Nascimento
Pará de Minas, MG, 04 de dezembro de 1892
Falecimento
Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 02 de março de 1973
