Benedita Sousa da Silva nasceu no Rio de Janeiro, então capital do país, em março de 1942. Seus pais eram muito pobres quando Benedita era jovem, assim, ela começou a trabalhar ainda criança, como vendedora ambulante. Posteriormente, foi empregada doméstica, operária fabril, servente de escola, auxiliar de enfermagem, professora e funcionária do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Começou a se envolver com política em 1976, quando foi eleita presidenta da Associação de Moradores do Morro do Chapéu Mangueira. Além disso, fundou departamento feminino da Federação das Associações de Favelas do estado do Rio de Janeiro e do Centro de Mulheres de Favelas e Periferia. Em 1980, ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT). Nas eleições de 1982, foi eleita vereadora da cidade do Rio de Janeiro, em campanha com clara bandeira contra qualquer forma de discriminação.
Nas eleições seguintes, de 1986, foi eleita deputada federal pela mesma legenda que ajudou a fundar. Nessa época, a Constituição brasileira estava sendo feita, após a abertura do processo de redemocratização e fim do regime militar. Benedita foi eleita pelo congresso para a primeira suplência da mesa diretora da Câmara, chegando a presidir as sessões da Constituinte. Participou também da elaboração de artigos relacionados à demarcação das terras indígenas, à regulamentação da propriedade da terra, nas comunidades remanescentes de quilombos, e aos direitos trabalhistas, principalmente de empregadas domésticas, na nova Constituição. Além disso, foi titular da titular da Subcomissão de Negros, Populações Indígenas e Minorias. Quando formulada a Constituição, Benedita legislou na comissão especial sobre normas gerais de proteção à infância e à juventude. Reelegeu-se nas eleições de 1990, em mandato no qual participou da formulação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e presidiu uma comissão que investigou a esterilização de milhões de mulheres no país.
Em 1992, participou das eleições municipais da cidade do Rio de Janeiro, como candidata à prefeita, chegando a liderar o primeiro turno. Perdeu no segundo turno, com 48,11% dos votos válidos, para o candidato César Maia, do Partido do Movimento Democrático Nacional (PMDB). O resultado das eleições foi influenciado por denúncias de nepotismo envolvendo Benedita, que teria favorecido filhos e enteada quando ainda era vereadora. No pleito seguinte, de 1994, Benedita concorreu a uma das duas vagas do Senado, para o estado do Rio de Janeiro, ficando em primeiro lugar, com 2.249.861 de votos (22,7% do total). No Senado, sempre atenta a questões de cidadania e direitos humanos, foi membro das comissões de Assuntos Sociais e de Relações Exteriores e Defesa Nacional. Em 1998, Benedita concorre como candidata a vice, na chapa de Anthony Garotinho, para o governo do estado do Rio de Janeiro. A chapa recebeu 4.259.344 votos (57,98% do total), vencendo, em segundo turno, o pleito contra César Maia. Em 2002, Benedita assumiu o governo do estado, quando Garotinho deixou o cargo para concorrer à presidência da República. Sua gestão enfrentou grave crise nas finanças do estado e na segurança pública. Em outubro de 2002, Benedita ficou em segundo lugar na eleição para o governo do Rio de Janeiro, perdendo para Rosinha Garotinho.
Com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da República, em 2003, Benedita assume a Secretaria Especial da Assistência e Promoção Social, com status ministerial, contendo o terceiro maior orçamento entre os ministérios. Deixa a secretaria em 2004, depois da criação do Ministério do Desenvolvimento Social, que unia a secretaria comandada por Benedita ao Ministério de Segurança Alimentar e Combate à Fome. Em 2006, coordenou, no Rio de Janeiro, a campanha de Lula à reeleição. No ano seguinte, por conta do esquema de alianças do Partido dos Trabalhadores, Benedita assumiu a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, no governo de Sergio Cabral Filho, do PMDB.
Nos anos de 2010, 2014 e 2018 voltou a ser eleita deputada federal. Em 2020, foi candidato à prefeitura do Rio de Janeiro pelo PT, terminando a corrida com 11% dos votos.
Reeleita como deputada federal pelo Rio de Janeiro em 2022, foi empossada como Coordenadora da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados para o biênio de 2023-2025.
Fonte:
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/benedita-sousa-da-silva Acesso : fev. de 2020.
http://www2.camara.leg.br/deputados/pesquisa/layouts_deputados_biografia?pk=73701>. Acesso : fev. de 2020.
https://www.instagram.com/p/Cg5H9Zqpy-7/?hl=pt-br Acesso: ago.2022
https://pt.org.br/benedita-da-silva-e-empossada-como-coordenadora-geral-da-bancada-feminina/ Acesso: jul.23
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Deputado (a) Federal | 2011 | 2019 | Rio de Janeiro | RJ |
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Governador (a) | 2002 | 2002 | Rio de Janeiro | RJ |
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Senador (a) | 1995 | 1998 | Rio de Janeiro | RJ |
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Deputado (a) Federal | 1987 | 1995 | Rio de Janeiro | RJ |
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Vereador (a) | 1983 | 1986 | Rio de Janeiro | RJ |
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Deputado (a) Federal | 2022 | |||
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Fundador (a) do partido | 1980 |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ) | 1980 | 1984 |