Artur da Costa e Silva nasceu em Taquari, Rio Grande do Sul, em 3 de outubro de 1899. Iniciou seus estudos militares em 1912, no Colégio Militar de Porto Alegre. Em 1918, entra para a Escola Militar de Realengo, no Rio de Janeiro, formando-se em 1921. Pouco tempo depois, foi promovido a segundo-tenente. O primeiro movimento político no qual se envolveu foram os levantes militares de protesto contra a eleição do presidente Artur Bernardes. Voltou ao Rio Grande do Sul para servir como primeiro-tenente. Em 1924, um novo movimento tenentista surge em São Paulo, e Costa e Silva volta a ser detido por incitar os oficiais de seu batalhão, em Santa Maria, a não participarem do comboio que iria cercar os revoltosos em São Paulo. Por conta de uma apendicite, não participou dos contingentes da Coluna Prestes, que se encontraram em Foz do Iguaçu em 1925. No ano de 1930, conduziu a bandeira nacional na missão de ocupação do Palácio da Guanabara para destituir Washington Luís da presidência da República.
Deflagrada a Revolução Constitucionalista de São Paulo, Costa e Silva integra as tropas federais contra as forças paulistas. Em 1936, inicia o curso da Escola de Estado-Maior do Exército, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, já ocupava a posição de Major e servia no gabinete do chefe do Estado-Maior do Exército (EME). Com a declaração de guerra do Estado brasileiro contra os países do Eixo, da Segunda Guerra Mundial, em 1942, Costa e Silva fica responsável por organizar a unidade brasileira que combateria na Europa. Por isso, chega a estagiar no Fort Knox, nos Estados Unidos, em 1944. Torna-se coronel nesse mesmo ano. Em 1948, foi designado chefe do Estado-Maior da 3ª Região Militar em Porto Alegre. Em 1950, serve na embaixada do Brasil na Argentina. Em 1955, já no Brasil, integra o movimento destinado a assegurar a posse na presidência da República de Juscelino Kubitschek.
Uma grave crise política se inicia quando Jânio Quadros deixa o cargo da presidência da República, e seu vice João Goulart encontra muita resistência para tomar posse e governar. Costa e Silva, nesse período, mantem contato com outros oficiais de alta patente, em uma grande articulação contra o governo Goulart. Em março de 1964, as conspirações se concretizam, iniciando um verdadeiro golpe contra o governo. Costa e Silva conclama todos os militares a participar do movimento. No início de abril, expede uma notificação a todos os comandos militares, informando-os que assumiria o comando do Exército. Com o golpe em curso, o presidente da Câmara dos Deputados assumiu a presidência da República, mas o poder executivo seria exercido de fato pelo Comando Supremo da Revolução, em que Costa e Silva estava incluído. Quando as diretrizes sobre o futuro do poder Executivo foram decididas, através do Ato Institucional nº1, que impunha eleições indiretas para a presidência e vice-presidência da República, Castelo Branco foi indicado a assumir a presidência, e Costa e Silva foi nomeado oficialmente ministro da Guerra.
Como ministro, Costa e Silva instaurou inquéritos contra as lideranças políticas que estavam no Poder Executivo antes do golpe e cassou alguns mandatos. Em 1965, começou a ser cogitado para suceder Castelo Branco na presidência da República, empenhando-se para conseguir a indicação do partido governista. Em maio do ano seguinte, sua candidatura foi homologada pela convenção da Aliança Renovadora Nacional (ARENA). Em outubro, com abstenção do partido oposicionista, Costa e Silva e seu vice foram eleitos pelo Congresso Nacional. Em 1967, ano de posse do presidente, nova Constituição entrou em vigor, dando ainda mais poderes ao chefe de Estado.
Costa e Silva foi o responsável por assinar o Ato Institucional nº5, no final de 1968. Em 1969, anunciou reforma constitucional que seria levada ao Congresso, quando este fosse reaberto. No mesmo ano, Costa e Silva adoeceu gravemente e teve que ser afastado do cargo. Seu vice foi impedido de assumir a presidência, e uma junta militar passou a ocupá-la. Em outubro do mesmo ano, o general Emílio Garrastazu Médici foi escolhido pela junta como sucessor de Costa e Silva. Em 17 de dezembro de 1969, Artur da Costa e Silva faleceu no Rio de Janeiro.
Fonte:
http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/artur-da-costa-e-silva> . Acesso: fev. 2020.
http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/presidencia/ex-presidentes/costa-silva/biografia>. Acesso: fev. 2020.
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Presidente (a) da República | 1967 | 1969 | Rio de Janeiro | RJ |
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Ministro (a) | 1964 | 1966 | Rio de Janeiro | RJ |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Escola Militar de Realengo | 1918 | 1921 |