Apolônio de Carvalho

Apolônio de Carvalho nasceu em Corumbá, Mato Grosso do Sul, em 09 de fevereiro de 1912. Aconselhado pela mãe, foi estudar no Rio de Janeiro, na Escola Militar de Realengo. Tornar-se militar, como seu pai. Já tenente do Exército, em 1933, serve em Bagé, Rio Grande do Sul, onde auxilia a fundação e organização da Aliança Nacional Libertadora, deixando o grupo dois anos depois. Defensor de ideias socialistas, foi preso e expulso do Exército brasileiro, em 1936, quando Getúlio Vargas ocupava a presidência da República. Na prisão, conhece Olga Benário, Luís Carlos Prestes e Graciliano Ramos, tomando conhecimento, assim, da existência do Partido Comunista do Brasil (PCB), filiando-se ao ser solto, em 1937. Depois disso, embarcou com grupo de brasileiros em direção a Espanha, para lutar na Brigada Internacional, ao lado das forças republicanas, contra o ditador o Francisco Franco, na Guerra Civil Espanhola. Derrotado em 1939, torna-se refugiado na França.

As forças nazistas alemãs conseguem ocupar a França, e Apolônio decide se filiar ao Partido Comunista Francês e participar do movimento de resistência. Por sua luta, recebe a condecoração da Ordem Nacional da Legião de Honra. No ano de 1946, volta ao Brasil com sua esposa, que conheceu na Resistência Francesa, e também com seu filho, que nasceu na França. Ao retornar, milita no Partido Comunista do Brasil e preside a União da Juventude Comunista, os quais se tornam ilegais em 1947. Clandestino, Apolônio parte para a União Soviética em 1953, para realizar um curso, vivendo lá por quatro anos.

Em 1967, vivendo sob a ditadura militar brasileira, Apolônio funda o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, deixando o Partido Comunista do Brasil, e parte para a luta armada, afastando-se da família. Chega a ser capturado, preso e torturado em 1970, assim como os seus filhos. Em 1971, é solto por seu nome estar presente na lista de 39 presos políticos que seriam trocados pelo embaixador alemão sequestrado por militantes de esquerda. Apolônio, então, parte para Argélia, onde permanece até 1979, quando a Lei de Anistia política é aprovada e sua volta ao Brasil é legalmente permitida.

De volta ao Brasil, participa ativamente da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Permanece na direção do PT por sete anos, até 1987, quando se afasta por orientação médica. Falece em 2005.

Fonte:

 http://educacao.uol.com.br/biografias/apolonio-de-carvalho.htm>.  Acesso: fev. 2020.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2012/01/1037599-viuva-de-apolonio-de-carvalho-relembra-trajetoria-de-lutas.shtml#>.  Acesso: fev. 2020.