Antônio Aureliano Chaves de Mendonça nasceu em Três Pontas (MG), no dia 13 de janeiro de 1929, filho mais velho de José Vieira de Mendonça, cirurgião-dentista, e de Luzia Chaves de Mendonça. Descendente de uma família de políticos, foi o único de sete irmãos que seguiu essa carreira. Graduado em Engenharia Eletromecânica pelo Instituto de Engenharia de Itajubá (hoje Universidade Federal de Itajubá), em 1953, trabalhou na “Serra Engenharia Arquitetura” (1954). Aureliano foi engenheiro de obras rodoviárias, entre as quais a ligação de Itajubá a São Bento do Sapucaí, e o serviço de terraplenagem do Aeroporto de Cumbica. Foi professor titular da Escola Federal de Engenharia de Itajubá (1955-1982) e diretor técnico da Eletrobrás (1961). Em Belo Horizonte, foi professor do Instituto Politécnico da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Começou sua vida política em 1961, como deputado estadual da União Democrática Nacional (UDN). Em 20 de fevereiro de 1964, licenciou-se do mandato para assumir a Secretaria de Educação no governo Magalhães Pinto. Manteve-se no cargo após o golpe militar que depôs João Goulart da presidência do Brasil. Em 1966, foi eleito deputado federal pela Aliança Renovadora Nacional (ARENA), partido de sustentação do regime militar.
Foi indicado por Geisel para o Governo de Minas Gerais em 1975 e, mais tarde, para a vice-presidência da República (1979 – 1985). Aureliano Chaves ocupou a presidência da República por dois períodos (dois meses em 1981 e cerca de um mês em 1983), devido aos problemas de saúde de João Figueiredo. Era um católico fervoroso. Em 1981, mesmo sendo contra a invasão de terras, recusou-se a assinar o ato de expulsão dos dominicanos franceses Aristides Camio e François Gouriou, da Comissão Pastoral da Terra, acusados de incitar invasões de terra no sul do Pará. A recusa irritou a ala mais radical das Forças Armadas. Os frades cumpriram 2 anos e 4 meses na prisão e foram expulsos do país.
Em 1984, por ocasião das eleições indiretas sucessórias a João Figueiredo, ofereceu-se como candidato dentro de seu partido, o Paritdo Democrático Social (PDS). O mesmo fizeram Paulo Maluf, Mário Andreazza e Marco Maciel. Com a vitória de Maluf na convenção, Aureliano, Maciel, Jorge Bornhausen e outros decidiram sair do PDS e fundar um novo partido, o Partido da Frente Liberal, em alusão à "frente liberal" que esses políticos formavam a partir dali, para apoiar o candidato da oposição Tancredo Neves, no colégio eleitoral, na chamada "Aliança Democrática". Com isso, Aureliano rompia com o governo Figueiredo. A união da legenda recém-formada mostrar-se-ia fundamental para a vitória de Tancredo Neves. Aureliano é considerado um dos responsáveis pela divisão do PDS, em 1984, o que enfraqueceu a candidatura de Paulo Maluf à presidência da República, na eleição indireta que levou Tancredo Neves, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) ao cargo.
Aureliano também foi ministro de Minas e Energia no governo Sarney e defendeu a manutenção do programa brasileiro do álcool, o Pró-Álcool, permanecendo no cargo até 1988. Foi também candidato à presidência da República, em 1989, pelo PFL. Em artigo publicado em 1993, afirmou que o monopólio ainda era fundamental à consolidação do desenvolvimento nacional. Em janeiro de 1999, foi convidado por Itamar Franco, recém-empossado no governo de Minas Gerais, para integrar o conselho da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Ao longo de sua vida, foi ainda membro da Sociedade Geográfica Brasileira, do Comitê de Grandes Barragens e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas.
Fonte: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/antonio-aureliano-chaves-de-mendonca Acesso: jan.2020.
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Membro do partido | 1989 | 2003 | ||
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Fundador (a) do partido | 1985 | 1989 | ||
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Ministro (a) | 1985 | 1988 | ||
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Vice-Presidente (a) | 1979 | 1985 | ||
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Membro do partido | 1966 | 1979 | ||
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Governador (a) | 1975 | 1978 | MG | |
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Deputado (a) Federal | 1967 | 1975 | MG | |
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Deputado (a) Estadual | 1958 | 1966 | MG |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade Federal de Itajubá (MG) | 1949 | 1953 |