Nascido na cidade de Santa Bárbara do Mato Dentro, Afonso Augusto Moreira Pena se tornou bacharel em Direito, na cidade de São Paulo, em 1870. Um ano mais tarde, em 1871, tornou-se doutor pela mesma instituição. Ingressou na carreira política em 1874, aos 27 anos, como deputado provincial. Foi deputado estadual pelo Partido Liberal (PL), pelo Estado de Minas Gerais, quatro vezes consecutivas (1878-1889). Durante o período em que se manteve deputado federal, Afonso Pena ocupou os cargos de ministro de Guerra (1882), ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas (1883-1884) e ministro da Justiça (1885). Ocupou cinco vezes o cargo de conselheiro do Império, do Gabinete Imperial de D. Pedro II (1882-1885).
Foi convocado e participou, ainda que relutante, da elaboração da Constituição Mineira (1890). Monarquista e liberal, Afonso Pena se aproximou do grupo republicano, na ocasião em que presidiu a Assembleia Constituinte de Minas Gerais, atuando também como relator (1891). Foi o primeiro governador eleito (1892-1894), em eleição direta, em Minas Gerais, pelo Partido Republicano Mineiro (PRM). Durante o mandato como governador alterou a capital do Estado de Minas Gerais. De Ouro Preto para Curral Del Rey, hoje Belo Horizonte. Foi um dos fundadores e diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (1892).
Ocupou o cargo de presidente do Banco da República (1895-1898) e se elegeu senador, pelo PRM, pelo Estado de Minas Gerais (1899-1902). Com a morte de Silviano Brandão (PRM), eleito, mas não empossado governador de Minas Gerais e vice-presidente da República, Afonso Pena (PRM) foi indicado a assumir, no lugar de Silviano Brandão (PRM), o cargo de vice-presidente da República (1903-1906), no governo de Rodrigues Alves, do Partido Republicano Paulista (PRP). Apoiado pela aliança política do café com leite, articulação entre os Estados de Minas Gerais e São Paulo para nomear à presidência do país apenas políticos oriundos desses estados, Afonso Pena (PRM) foi o primeiro mineiro eleito Presidente da República Federativa do Brasil (1906-1909), com 288.285 votos. Ainda que eleito pela política do café com leite, ampliou sua administração para além dos interesses regionais.
Entre os legados de sua gestão, merece destaque o incentivo à expansão de ferrovias para interligar as principais capitais do Brasil, a construção de uma hidrelétrica, de portos e estruturas de saneamento básico, além da ampliação da rede de comunicação do país que, por meio de telégrafo, ligou o estado da Amazônia ao estado do Rio de janeiro. Além disso, assumiu medidas para valorização do café, transformando os encargos de valoração para o governo federal. Em 1908, perdeu parte do apoio político por deixar a assessoria política a jovens lideranças, que receberam a alcunha de Jardim da Infância. Seu governo também foi marcado por distanciamento dos interesses tradicionais das oligarquias, o que ocasionou crise pela sucessão. As conturbações políticas, aliadas à morte do seu segundo filho, debilitaram a saúde de Afonso Pena (PRM), que faleceu de pneumonia, ainda durante o mandato presidencial, em 14 de junho de 1909.
Fonte: http://www.tre-mg.jus.br/noticias-tre-mg/2009/junho/presidente-do-tribunal-participa-de-homenagem-ao-ex-presidente-afonso-pena Acesso: set.2016.
http://www.e-biografias.net/afonso_pena/ Acesso: set.2016.
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/ Acesso: agosto.2016.
Organização | Função | Início | Término | Cidade | Estado |
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Presidente (a) | 1906 | 1909 | MG | |
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Vice-Presidente (a) | 1903 | 1906 | MG | |
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Senador (a) | 1899 | 1902 | MG | |
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Governador (a) | 1892 | 1894 | MG | |
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Deputado Geral | 1878 | 1889 | MG | |
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Deputado Provincial | 1874 | 1878 | MG |
Instituição de Ensino | Campo de Estudo | Início | Término |
Universidade de São Paulo (SP) | 1866 | 1870 |