João Belchior Marques Goulart

João Belchior Marques Goulart ou João Goulart, nasceu na cidade de São Borja, estado do Rio Grande do Sul, em 1º de março de 1919. Formou-se bacharel pela Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais de Porto Alegre - RS (1939). Iniciou sua atividade política no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Foi eleito deputado estadual (1946-1950) e deputado federal (1951). Licenciou-se do mandato ao assumir a Secretaria do Interior e Justiça do Rio Grande do Sul (1951-1952). Foi deputado federal pelo PTB-RS (1952-1953), ministro do Trabalho, Indústria e Comércio do governo de Getúlio Vargas (1953-1954) e presidente nacional do PTB (1952-1964). Foi vice-presidente da República no governo Juscelino Kubitschek e presidente do Senado (1956-1961).

Em 1960, reelegeu-se vice-presidente, na chapa de oposição ao candidato udenista Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio Quadros, João Goulart foi empossado na presidência da República, em 7 de setembro de 1961, após a aprovação pelo Congresso da emenda constitucional que instaurou o regime parlamentarista de governo. João Goulart assumiu a presidência do país sob regime parlamentarista, tendo como primeiro-ministro Tancredo Neves. Em janeiro de 1963, com a realização do plebiscito que decidiu pela volta do regime presidencialista, Goulart assumiu plenamente os poderes de presidente. Entre 1961 a 1963, Brizola, político e cunhado de João Goulart, denunciou o "golpe branco", que contara com o apoio dos militares para impedir João Goulart de ter plenos poderes. O fato se devia à resistência dos militares em aceitar Goulart como presidente, por causa de suas ideias políticas.   

Em 1964, em meio às tensões sociais e à pressão externa, precipitaram-se os acontecimentos que levaram à instauração da ditadura militar. Em 13 de março, o presidente discursou na Central do Brasil, para 150 mil pessoas, anunciando reformas como a encampação de refinarias particulares de petróleo. Em 19 de março, realizou-se, no Rio de Janeiro, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, organizada pela Campanha da Mulher pela Democracia (Camde) e Sociedade Rural Brasileira (SBR), entre outras entidades. Em 25 de março, ocorreu a Revolta dos Marinheiros, quando marinheiros e fuzileiros navais contrariaram ordens do ministro da Marinha e foram, posteriormente, anistiados por Goulart, acirrando as tensões entre seu governo e os setores militares. No dia 30 de março, o presidente compareceu a uma reunião de sargentos, discursando em prol das reformas pretendidas pelo governo e invocando o apoio das Forças Armadas. Em 31 de março de 1964, o comandante da 4ª Região Militar, sediada em Juiz de Fora, Minas Gerais, iniciou a movimentação de tropas em direção ao Rio de Janeiro. A despeito de algumas tentativas de resistência, o presidente Goulart reconheceu a impossibilidade de oposição ao movimento militar que o destituiu. O novo governo foi reconhecido pelo presidente norte-americano, Lyndon Johnson, poucas horas após tomar o poder. Deposto pelo golpe militar de 1964, Goulart se exilou no Uruguai. Faleceu no exílio, na cidade argentina Mercedes, em 6 de dezembro de 1976.

Fonte: https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/joao_goulart / Acesso: mai. 2021

 

João Belchior Marques Goulart

Nomes Políticos
Jango, João Goulart

Nascimento
São Borja, RS, 01 de março de 1919

Falecimento
Mercedes, Argentina, 06 de dezembro de 1976



Formações

Instituição de Ensino Campo de Estudo Início Término
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (RS) 1935 1939