Antônio da Silva Jardim

Antônio da Silva Jardim nasceu em 18 de agosto de 1860, em Capivari, São Paulo. Formou-se em Direito na capital paulista, em 1882. Ainda no período estudantil, com 15 anos, publicou um ensaio sobre Tiradentes, no jornal Labarum Litterario. Ali, revelava suas tendências republicanas, elogiando a rebeldia contra o absolutismo. As primeiras manifestações, em defesa da abolição e da proclamação da República, ocorreram logo que ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. No ano de 1880, Silva Jardim se aproximou de Martin Francisco de Andradas, chefe do Partido Liberal, por causa do namoro com Ana Margarida, filha do conselheiro. A proximidade lhe rendeu um emprego no jornal A Tribuna Liberal, de Inglês de Souza. Com convicções republicanas, a aparente incoerência da atuação em um jornal monarquista foi tratada por Silva Jardim de maneira honesta: precisava do emprego para se sustentar e terminar a faculdade.

Atuou como professor de português do Curso Anexo à Escola Normal e também comandou uma série de atividades de reciclagem docente, divulgando o método de alfabetização João de Deus, do qual era adepto. No ano de 1881, aderiu à filosofia de Auguste Comte e inaugurou o primeiro centro positivista de São Paulo. Possuiu uma significativa atuação na área pedagógica.

Em 1982, ligou-se a Luís Gama e José Leão para pregar ideias abolicionistas, como também para organizar, na prática, a fuga de escravos. No ano de 1885, mudou-se para a cidade de Santos, onde começou a exercer a advocacia, passando a defender escravos e a participar ativamente da campanha absolutista e, posteriormente, da republicana. Em janeiro de 1888, após organizar um comício republicano em Santos, em solidariedade aos vereadores da Câmara de São Borges, destituídos do cargo por criticarem as perspectivas do terceiro reinado, Silva Jardim abandonou a atuação docente e se dedicou exclusivamente as atividades propagandistas republicanas.

Desde janeiro de 1988 até a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, Silva Jardim atuou como orador de inúmeros comícios e discursos, nos quais atacava a monarquia e insuflava a população a levantar as armas contra esta. Por seu radicalismo, foi expulso do movimento que proclamou a República. Com o fim da abolição e a Proclamação da República, foram realizadas eleições para compor o Congresso Constituinte no Distrito Federal. O candidato Silva Jardim saiu derrotado da disputa. Afastado, decidiu retirar-se da vida política e viajou para o exterior, com o intuito de renovar suas ideias. Em visita a Pompeia, na Itália, curioso por conhecer o vulcão Vesúvio, foi tragado por uma fenda que se abriu na cratera da montanha.

Fonte:  https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/JARDIM,%20Silva.pdf  Acesso: jun.2020.

Antônio da Silva Jardim

Nomes Políticos
Silva Jardim

Nascimento
Capivari, RJ, 18 de agosto de 1860

Falecimento
Pompéia, CA, Itália, 01 de julho de 1891