Almino Monteiro Álvares Affonso

Almino Monteiro Álvares Affonso nasceu em 11 de abril de 1929, em Humaitá, Amazonas. Neto do também tribuno e abolicionista Almino Affonso, apresentou seus  ideais nacionalistas, participando de uma campanha a favor da estatização total do Petróleo, ainda quando estava na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).Em 1953, ano em que se formou, Almino foi secretário de Cultura da União Estadual dos Estudantes de São Paulo onde, no mesmo ano, elegeu-se presidente, exercendo mandato até 1957.

Em 1958, foi eleito deputado federal do estado do Amazonas, pelo Partido Social Trabalhista (PST). Em 1959, ingressou na Frente Parlamentar Nacionalista, que tinha por objetivo o desenvolvimento econômico autônomo do país.  Ainda em 1959, transferiu-se para o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), participando do “grupo compacto” que defendia reforma agrária e estatização de parte dos setores da economia.  Com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, compôs comissão pelo parlamentarismo no Brasil. Em 1962, foi reeleito com a maior votação obtida no Amazonas até então.

Em 1963, com o regime presidencialista reestabelecido, foi nomeado Ministro do Trabalho e Previdência Social por João Goulart. Ao se recusar a impedir a greve geral encabeçada pelo Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), por reformas de base, foi afastado do cargo, retomando a função de deputado. Apesar desse episódio, Almino Affonso esteve ao lado de "Jango" quando os militares deram o golpe, no dia 1º de abril de 1964. Ele foi um dos redatores do documento que o ex-presidente transmitiu pela Rádio Nacional, na mesma data. Com o decreto do Ato Institucional nº1 (AI-1), o deputado perdeu seu mandato e seus direitos políticos por 10 anos. Exilou-se em diversos países da América Latina. No exílio, trabalhou para a Organização Internacional do Trabalho, em Lima e Santiago, e dirigiu a Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais – Flacso, em Buenos Aires e Santiago. 

Em 1979, já de volta ao país há 3 anos, ingressou no Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de oposição ao regime militar. Com o retorno do pluripartidarismo no Brasil, filiou-se ao PMDB. Foi secretário dos Negócios Metropolitanos do estado de São Paulo (1983-1986), no governo de Franco Montoro. Em 1991, elegeu-se vice-governador na chapa encabeçada por Orestes Quércia (1987-1991). No entanto, ainda em 1990, deixou o PMDB e se filiou ao Partido Democrático Trabalhista (PDT), para disputar as eleições ao governo paulista, em outubro. Derrotado por Luiz Antonio Fleury, do PMDB, afastou-se do PDT em 1991.

Em 1994, filiado ao PSDB, elegeu-se deputado federal (1994-1998). Porém, no final de 1997, mudou de partido novamente, ingressando no Partido Socialista Brasileiro (PSB). No ano de 1998, foi derrotado ao candidatar-se ao cargo de senador. Posteriormente, foi secretário municipal de Relações Políticas do rápido governo do prefeito paulistano Régis de Oliveira, no ano 2000. Também trabalhou como assessor do governo Alberto Goldman e, posteriormente, foi nomeado secretário das Relações Institucionais do estado de São Paulo (2010-2011).

Fonte:

http://www.senado.leg.br/senado/grandesMomentos/almino.shtm  Acesso: fev.2020.

http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/almino_afonso  Acesso: fev.2020.